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Foi realizado no dia 1º/7, com as equipes dos Núcleos de Acesso Aberto ao Conhecimento (NAACs) do Icict, Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Escola Nacional de Saúde Publica Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Ipec/Ini/Fiocruz), o primeiro treinamento sobre o Repositório Institucional da Fiocruz, o Arca, já operando sob a perspectiva da Política de Acesso Aberto, implantada na Fundação em maio último.

Durante todo o dia, os participantes tiveram aula teórica e prática, em que abordaram temas como a inserção de metadados no sistema, o padrão Dublin core utilizado no Arca, acesso aberto, repositórios instucionais, e praticaram o depósito de artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. A iniciativa da Fiocruz em estabelecer a Política de Acesso Aberto foi elogiada por um dos principais especialistas brasileiros no assunto, Hélio Kuramoto. Leia aqui a entrevista.

Acompanhando o treinamento, Viviane Veiga, uma das coordenadoras do Arca, falou sobre as expectativas com o treinamento oferecido aos profissionais da informação e aos bibliotecários de toda a Fiocruz. Segundo ela, esse treinamento é o momento para se "colocar a mão na massa”. “Nós nos reunimos com os NAACs do Icict, Ipec/Ini, INCQS e IFF, e convidamos os profissionais de informação das bibliotecas de referência dessas unidades e daquelas que já trabalham com o Arca para esse treinamento, apoiando o trabalho de inclusão de metadados e upload dos arquivos da produção intelectual de suas unidades no Arca" explica. As reuniões com os NAACs se estenderão até agosto, cobrindo todas as unidades da Fiocruz no Rio de Janeiro.

Para Éder Freyre, gestor de Comunidade e Coleções do Arca (CTIC/Icict), que ministra o curso, o objetivo é capacitar as equipes dos NAACs e das bibliotecas de referência para o trabalho no Arca, com destaque para a padronização no preenchimento dos dados. “O Repositório precisa ter um padrão de preenchimento único, evitando, por exemplo, entradas de dados com letras maiúsculas e outras com minúsculas, termos truncados, erros em sobrenome”, afirma. O instrutor cita o Manual de Tratamento de Dados, que está em sua quinta versão (setembro/2013): “Esse manual é imprescindível para quem trabalha com o Repositório, pois ali são mostradas todas as tipologias do Arca, como devem ser preenchidas, e os objetos digitais padronizados”.

Os alunos compreenderam a proposta do treinamento, fundamental para a expansão da Política de Acesso Aberto da Fundação. Para Alexandre Medeiros, do INCQS, “o treinamento vai ajudar o instituto a participar da Política de Acesso Aberto e inserir de forma otimizada as informaçõesno Arca”. Já para Anderson Vargas, da Biblioteca de Manguinhos, “o treinamento capacitará melhor o funcionário a trabalhar com o sistema do Repositório, dando mais visibilidade não só para a unidade como para a Fundação”. Um dos representantes do IFF no curso, Luiz Guilherme Macena destaca a importância de se “aprimorar as técnicas de organização e padronização na entrada de dados para o Arca”.

A princípio, não serão atendidos todos os profissionais da Fiocruz, como explica Viviane Veiga: “estamos fazendo o treinamento com um número limitado de alunos focando na qualidade do curso, na troca de experiência e na oportunidade de todas as dúvidas serem sanadas. Por isso convidamos um número reduzido de pessoas”.  A bibliotecária também afirma que haverá outros treinamentos, desta vez incluindo outras unidades que ainda estão sendo visitadas. “Pretendemos realizar o segundo treinamento em agosto. Depois disso, iremos às regionais e, até o final de 2014, fecharemos o primeiro ciclo de reuniões e treinamentos com todos os NAACs da Fiocruz, incluindo as regionais. A partir daí, teremos reciclagem e atualização do que foi aprendido”, esclarece.

Em relação à Política de Acesso Aberto, Viviane destaca o papel dos NAACs: “esse treinamento se insere bem no coração da Política, pois capacita este profissional para a inserção de dados no Arca, bem como o prepara para auxiliar a incentivar os autores de sua unidade a realizarem o autoarquivamento, viabilizando o cumprimento da Política. Na realidade, essa capacitação já existia antes, mas agora ela está sendo colocada de forma institucional para toda a Fiocruz, através dos NAACs”, afirma.

Embora a Política adotada pela Fiocruz ressalte a importância do autoarquivamento dos trabalhos pelos pesquisadores da Fundação, a coordenadora do Arca faz questão de explicar: “o bibliotecário faz o arquivamento de teses, dissertações.  No caso de teses e dissertações, o material é exportado dos sistemas para o Arca, e o profissional da informação faz a curadoria desses dados, isto é, verifica se está correto. Já o autoarquivamento está aberto, neste momento, para os artigos científicos e os trabalhos em congressos dos pesquisadores da instituição, mas a produção recebida através do autoarquivamento também passa pela curadoria dos bibliotecários".

Luiz Guilherme Mecenas, do IFF, vê ainda outros ganhos com o treinamento para a sua unidade e para a Fundação: “É importante para que possamos dar visibilidade a toda a produção científica e tecnológica do que é produzido no IFF, como os vídeos do Banco de Leite Humano, sediado no hospital e referência mundial em aleitamento materno. Essa ferramenta e mais a Política de Acesso Aberto da Fiocruz vão dar maior visibilidade às pesquisas feitas na Fundação”, afirma.

Participaram do treinamento Anderson Vargas, Angelina Pereira, Claudia Franco de Araújo, Fátima Duarte de Almeida e Tereza Erthal Risi, todos da Biblioteca de Manguinhos e membros dos NAACs da COC, do IOC, do Ipec/Ini e do Icict; Alexandre Medeiros Correia de Sousa e Janaína Leal, do INCQS; Bárbara Santos e Luis Guilherme Macena, do IFF; e Maria Conceição Calmon Arruda, da Ensp. Foto: Naldo Fernandes (Ascom / Icict)