Malária e longevidade: dissertações de mestrado serão defendidas dia 30/04

por
Graça Portela
,
24/04/2015

Duas defesas de dissertação de mestrado agitam no dia 30/4, quinta-feira, o Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict). Às 10h, Andréa Arruda, orientanda da professora e pesquisadora Inesita Soares de Araujo, defenderá “Imprensa, Estado e Malária no Amazonas: vozes e sentidos tecidos no tempo”.

Em sua pesquisa, Andréa Arruda analisa como o poder público e os jornais amazonenses “significaram a malária no agravamento de sua condição epidemiológica, no contexto do Ciclo da Borracha (século XIX) e como significam no período contemporâneo, quando a doença ainda é capaz de produzir entre 100 e 200 mil adoecimentos anuais somente no Amazonas”. Para isso, Andréa pesquisou 47 textos de jornais e documentos oficiais produzidos nos períodos de 1898-1900 e 2005-2007. Como resultado, ela identifica a “relação indissociável entre Estado e Imprensa na produção de sentidos sobre a malária; também mostra que a imagem da malária, construída pela mídia e pelo poder público, é a de uma endemia amazônica, de sentidos negativos e socialmente periférica; e que o doente, aquele que materializa a existência da doença, é um sujeito passivo ou ilustrativo nas cenas discursivas, historicamente silenciado e, por isto, enfraquecido no seu poder de fazer ver e fazer crer”.

A defesa de Andréa Arruda acontecerá na sala 213, no Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, e terá como titulares de sua banca a vice-presidente de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, que também é pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (PPGHCS/COC), e Janine Cardoso, do PPGICS. Como suplentes, Kátia Lerner (PPGICS) e Gilberto Hochman, também do PPGHCS/COC.

Na parte da tarde, às 14h, será a vez de Agatha Lemos, com a dissertação “Longevidade saudável na mídia: entre a medicalização e a promoção da saúde”, orientada pela pesquisadora Maria Conceição da Costa (PPGICS). Agatha Lemos investiga qual a abordagem que as revistas Saúde é Vital (Editora Abril) e Vida e Saúde (Casa Publicadora Brasileira), nos anos de 2004 e 2014, deram ao tema. Para isso, ela analisou seis exemplares de cada publicação, comparando cada edição das revistas não entre si, mas com elas próprias, esmiuçando 70 textos e 150 propagandas selecionadas.

Em seu resumo, Agatha destaca que “apesar de parecer que os veículos analisados façam promoção da saúde, sua cobertura jornalística, que ainda não encontrou uma maneira interdisciplinar de discutir o tema, acaba por vezes sendo generalista, referendando uma hiperprevenção acrítica, segundo a medicalização da vida”.

A banca que analisará o trabalho será formada por Adriana Kelly Santos (PPGICS) e Simone Pallone Figueiredo, do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, além dos suplentes Adriana Aguiar (PPGICS) e Marina Ramalho (Museu da Vida/Fiocruz). A apresentação também será na sala 213.

O Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, onde serão realizadas as defesas, fica na Av. Brasil, 4.036, Manguinhos. Outras informações podem ser obtidas junto à Gestão Acadêmica do Icict, pelos telefones 3882-9033, 3882-9063 e 3882-9037, ou pelo e-mail gestaoacademica@icict.fiocruz.br

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