PPGICS: defesas de doutorado e mestrado na primeira semana de maio

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Gestão Acadêmica - Gestac/Icict
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29/04/2016

Na primeira semana de maio serão realizadas defesas de dissertação de mestrado e de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS)/Icict. Os trabalhos abordam temas como a análise de materiais educativos para adolescentes sob o ângulo da sexualidade e Aids, e a importância da comunicação na construção da autossuficiência em leite humano do Distrito Federal.

Veja abaixo as informações e resumo das defesas.

 

Defesa de Dissertação de Mestrado

Título: Discursos e Sentidos sobre Sexualidade e Aids a partir da Análise de Materiais Educativos para Adolescentes

Aluna: Renata Freire Cruz Rezende

Orientadora: Profa. Dra. Adriana Kelly Santos

Banca:

Titulares

•    Dra. Cícera Henrique da Silva – PPGICS

•    Dr. Rafael Arouca Höfke Costa - ENSP

Suplentes

•    Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Junior – PPGICS

•    Dra. Aurea Maria Rocha Pitta - ENSP

Data: 05/05/2016

Horário: 13h30

Local: Sala 215 do Prédio da Expansão

Resumo:

Esta dissertação tem como objetivo analisar os sentidos sobre sexualidade e Aids produzidos por um grupo de adolescentes de uma Escola da Rede Estadual de Ensino Médio no Rio de Janeiro, a partir da análise de uma amostra de 26 Materiais Educativos sobre sexualidade e HIV/Aids, destinados a adolescentes, pertencente ao Banco de Materiais Educativos do Laboratório de Comunicação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz). O grupo de participantes foi composto por conveniência, considerando interesse e disponibilidade no calendário escolar. As atividades foram realizadas entre agosto e dezembro de 2015. Os resultados desta pesquisa apresentam a replicação de um discurso unilinear, predominantemente voltado à prescrição e à promoção da saúde por meio do uso do preservativo masculino. Pode-se considerar, a partir das concepções dos jovens, o surgimento de uma nova Aids, compreendida, a partir da oferta de antirretrovirais, como doença crônica. As interações com os adolescentes apontam para a necessidade de ampliação e aprofundamento de ações de comunicação, segundo especificidades e contextos de vida dos jovens, problematizando a dimensão sexual e a vivência da sexualidade.

 

Defesa de Tese de Doutorado

Título: O Lugar da Comunicação no Processo de Construção da Autossuficiência em Leite Humano no Distrito Federal

Aluna: Roberta Monteiro Raupp

Orientador: Prof. Dr. João Aprígio Guerra de Almeida

Banca:

Titulares

•    Dra. Adriana Kelly Santos – PPGICS

•    Dra. Maria Cristina Soares Guimarães – PPGICS

•    Dra. Luciana Maria Borges da Matta Souza – UERJ

•    Dra. Angélica Baptista Silva – IFF/FIOCRUZ

Suplentes

•    Dra. Cícera Henrique da Silva – PPGICS

•    Dra. Danielle Aparecida da Silva - IFF/FIOCRUZ

Data: 06/05/2016

Horário: 9h

Local: Sala 710 do Prédio da Expansão

Resumo:

Em que pese o fato de o Brasil ter a maior Rede de Bancos de Leite Humano do mundo (rBLH-BR), realizar investimentos, campanhas e ações de comunicação para a doação de leite humano, o país opera com déficit estimado, em termos médios, na ordem de 45%. Nesse contexto, emerge a Rede de Bancos de Leite Humano do Distrito Federal (rBLH-DF), sendo essa a única região geográfica do mundo a atingir padrão de autossuficiência em leite humano. Por ser uma pesquisa que se ergue no campo da Informação e Comunicação em Saúde, buscou-se conhecer as práticas de comunicação dos BLHs do DF ao longo de sua história, partindo da pergunta norteadora - “Qual o lugar da comunicação no processo de construção da autossuficiência em leite humano na rBLH-DF? Utilizou-se como fontes primárias de informação os depoimentos de coordenadores de 15 BLHs. A opção metodológica ocorreu mediante análise de conteúdo, na modalidade temática, com entrevistas individuais semiestruturadas e pressupostos do modelo teórico-metodológico do Mercado Simbólico, aliado ao método qualitativo. Identificou-se 11 grupos temáticos e um conjunto de práticas específico a cada um deles, que foram assim agrupados: alcances e limites da prática de comunicação para a autossuficiência. 

Verificamos que a comunicação com as mães se configurou como o principal demarcador para a autossuficiência, mediante as seguintes práticas: visita do BLH ao Alojamento Conjunto, UCIN e UTI Neonatal (100%); atendimento especializado às doadoras e seus filhos (67%); eventos científicos e comemorativos (67%); contato telefônico com as mães e doadoras (60%); visita domiciliar às doadoras (60%); programas e grupos de apoio às mães e às doadoras (47%); materiais informativos (33%); visita das mães e doadoras às instalações do BLH e Maternidade (27%); palestras na comunidade (20%); atendimento com agenda aberta (20%); e pesquisas de satisfação com o cliente/usuário (7%). Uma característica da rBLH-DF é o trabalho em rede, sendo mencionada a parceria com outras equipes e com gestores por 87% dos entrevistados, e entre os BLHs por 73%. Observou-se também a comunicação com: Corpo de Bombeiros Militar (80%), Coordenação Distrital/SES-DF (67%); rBLH-BR (60%), Terceiro Setor (60%), Atenção Básica (47%), Mídia (40%); Postos de Coleta (20%); Administrações Regionais (7%). Destacou-se a existência da produção, circulação e apropriação dos sentidos sociais, mediante: diálogo, inclusão, cuidado, acolhimento, leis, parcerias, conquistas de títulos e premiações. Localizou-se aspectos relacionados à universalidade, equidade e integralidade, princípios doutrinários do Sistema Único de Saúde, que indicam na Comunicação e Saúde, o direito à comunicação, acesso aos meios, canais e espaços de fala e escuta, e medidas mais equânimes no cuidado. Os princípios organizativos – descentralização, hierarquização e participação social – também foram identificados, com mecanismos redistributivos de comunicação e acesso à informação. 

Esta pesquisa proporciona subsídios para o planejamento de práticas de comunicação, remetendo a um novo ponto de vista ao campo da saúde, com amplitude para a comunicação. Espera-se contribuir para a autossuficiência em leite humano em outros territórios, em consonância com as políticas públicas, corroborando com o compromisso da rBLH-BR em reduzir os índices de mortalidade infantil.

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CEP: 21040-900 | Tel.: (+55 21) 3865-3131 | Fax.: (+55 21) 2270-2668

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