Serviço de Multimeios do Icict aposta no futuro

por
Graça Portela
,
13/01/2015

Mauro Campello, coordenador do Setor de Multimeios, fala sobre o projetos que estão sendo desenvolvidos pelo Setor, como o Preservo, a digitalização de Obras Raras, a parceria com a Anvisa, o Fiocruz Imagens (banco de imagens da Fundação) e o Plano de Preservação Digital (PPD). 

Qual a importância deste Projeto para o Serviço de Multimeios?

Para o Multimeios a participação dentro de um projeto institucional dessa monta é o reconhecimento do profissionalismo, seriedade e cuidado que nós tratamos e trabalhamos a digitalização de acervos valiosos e único como o de Obras Raras.

Começamos com apoio do Programa de Indução à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (PIPDT), do Icict, em novembro de 2010, iniciando com 12 obras online, dentre elas a tese de doutoramento de Oswaldo Cruz, de 1893, além de publicações que datam desde 1684. Hoje, o LabDigital conta com um acervo de 39 livros on line e mais de 380 digitalizados.

Qual o trabalho que será desenvolvido pelo Multimeios no Projeto Preservo?

O projeto contemplou a digitalização de vários tipos de acervos como os arquivísticos, museológicos e bibliográficos. O Multimeios ficou encarregado da digitalização do acervo bibliográfico do projeto pertencente da Seção de Obras Raras A. Overmeer, da Biblioteca de Manguinhos, e também do acervo da Biblioteca de História das Ciências e da Saúde da COC, sendo 11 volumes do periódico Brasil Médico, volumes dos pesquisadores Adolpho Lutz, Arthur Neiva, Carlos Chagas, César Pinto, Costa Lima, Emmanuel Dias, Fábio Leoni Wernecki, Gaspar Vianna, Herman Lent, Lauro Travassos, Mangarinos Torres, Oswaldo Cruz, Otávio Mangabeira Filho, Sebastião de Oliveira e Walter Oswaldo Cruz  – em um total de 4.368 páginas de obras raras, 16.957 páginas de periódicos raros e 2.159 páginas de livros.

É a primeira vez que vocês desenvolvem esse trabalho?

É a primeira vez com a parceria e o fomento externos, mas nós já fazemos um trabalho junto à Seção de Obras Raras A. Overmeer, digitalizando obras selecionadas, que já alcançam o total de mais de 380 obras raras.

Como ele será realizado?

Iniciaremos os trabalhos pelos periódicos raros, já que dentro do total é o maior desafio, trabalhando com três profissionais dedicados e contando com novos equipamentos comprados pelo Projeto Preservo. Iremos digitalizar, organizar e preparar o material para a indexação. Estamos em fase de testes do SGBD – Sistema de Gerenciamento de Base de Dados, visando o seu acesso, integração, manutenção e segurança dos representantes digitais das obras digitalizadas.

O Serviço de Multimeios participará de outros projetos em 2015?

Estamos participando da Política de Acesso Aberto que norteia a Fiocruz. O Serviço de Multimeios gerencia duas iniciativas que contribuem para fortalecer os mecanismos de preservação da memória institucional da Fiocruz: o Fiocruz Imagens, banco de imagens da Fundação, lançado em dezembro de 2014, e o Laboratório de Digitalização de Obras Raras, com um novo sistema de gerenciamento de base de dados – ambos constituem importantes fontes de disseminação, acesso e, consequentemente, visibilidade do conhecimento gerado fora e dentro da Fundação.

Dentro dessa temática, ainda desenvolvemos projetos conjuntos, como o projeto contemplado no programa PAPES – “Acesso aberto e uso da literatura científica no ensino”, com coordenação do vice-diretor de Informação e Comunicação do Icict, Rodrigo Murtinho, e que é feito em parceria com Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC), Editoria Científica, Gestão de Acervos, Laboratório de Informação em Saúde (LIS) e Multimeios, as Bibliotecas de Manguinhos, de Saúde Pública/ENSP e de Saúde da Mulher e da Criança/IFF.

É importante citar também a participação de nossa equipe na formulação do Plano de Preservação Digital da Fiocruz (PPD), que culminará na produção de um documento visando a orientar a Fundação nas ações destinadas a manter a integridade e a acessibilidade dos acervos digitais ao longo do tempo com todas as suas características: físicas, lógicas e conceituais para a constituição de infraestrutura física e lógica de armazenamento de documentos e de um sistema informatizado e integrado de gestão dos acervos.

Não podemos esquecer a editoria de arte da revista eletrônica RECIIS e as parcerias com as nossas bibliotecas junto ao Laboratório de Digitalização de Obras Raras, dando prosseguimento ao planejamento de digitalização do acervo da Seção de Obras Raras.

E a parceria com a Anvisa?

Temos acordado com a Anvisa a participação na produção de imagens de advertência em saúde, onde fazemos parte de um grupo de discussão para desenvolver conceitos e abordagens visuais sobre o tema.

Outro ponto importante foi a criação de um Centro de Estudos em “Jogos para saúde” e nossa participação no projeto “Jogo de Imagens: sexualidade, saúde e AIDS sob o olhar de adolescentes do ensino médio do Estado do Rio de Janeiro”, parceria entre Laces – Laboratório de Comunicação em Saúde (Laces/Icict), o IOC, Fiocruz Minas Gerais e a PUC-RJ, para a produção de um jogo de tabuleiro. 

Foto:Arquivo Ascom/Icict

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