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Em Manaus, 26,9% das crianças nascidas vivas são filhas de mães adolescentes. Em Fortaleza, 52,9% da população com idade igual ou superior a 25 anos não completou o ensino fundamental. No município do Rio de Janeiro, 60,6% dos óbitos infantis estão relacionados a afecções perinatais. Em Porto Alegre existem 46,4 leitos para cada 10.000 habitantes. Esses dados servem como indicadores para entender melhor as causas da mortalidade infantil no país. Por esse motivo a equipe do Departamento de Informação em Saúde (DIS) do Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT) da Fiocruz criou, através do Programa de Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Saúde Pública (PDTSP), um sistema de monitoramento de indicadores de mortalidade infantil, o MonitorIMI.
O MonitotIMI é resultado da interseção de dois sistemas: o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM) e o Sistema de Informação sobre os Nascidos Vivos (SINASC). Através do cruzamento entre o número de óbitos e o número de nascidos vivos é possível estimar a situação da saúde dos recém-nascidos no Brasil. Um município que possui alta proporção de óbitos infantis por causas mal definidas indica que os registros desses óbitos não estão sendo feitos corretamente. O município de Carauari (AM), por exemplo, registra quase 50% de óbitos infantis como causas mal definidas. O problema das causas mal definidas é que elas não permitem que os gestores tracem um perfil das principais doenças que acometem os bebês.
Outros indicadores também chamam a atenção para a gestão de saúde como os de mortalidade proporcional por idade. De acordo com a pesquisadora do CICT e coordenadora do projeto, Célia Landmann Szwarcwald, “Quanto mais próximo do nascimento são os óbitos, maiores são as chances deles estarem relacionados à precariedade no acompanhamento pré-natal ou na hora do parto”, afirma.
O MonitorIMI foi lançado em Brasília, durante a 5ª Mostra Nacional de Experiências Bem Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi), ocorrido no final de 2005, nele o usuário tem acesso aos indicadores detalhados de cada município brasileiro, além de fontes de informação, a metodologia aplicada e os critérios de adequação das informações.
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