Gestão do Trabalho na era do conhecimento - CICT realiza seminário para comemorar Dia do Trabalho

por
Ascom
,
29/11/2005

A diferença entre fazer uma cadeira, fazer o parafuso de uma cadeira e utilizar um programa de computador para construir uma cadeira está na reinvenção do trabalho. Do artesão, passando pelo modelo taylorista/fordista, até as inovações tecnológicas de hoje, o que se vê é uma constante adaptação da mão-de-obra às novas condições de produção. Agora, o novo modelo preocupa-se em intelectualizar o trabalho. Não há mais espaço para a distinção entre o trabalhador que pensa e o trabalhador que faz. Todos os profissionais devem ser capacitados e ter suas competências desenvolvidas. Sendo assim, entram em jogo novos instrumentos para um novo paradigma do trabalho. O mapeamento de competências, a avaliação de desempenho, as oficinas de capacitação são alguns desses instrumentos que envolvem a gestão do trabalho. Para ampliar essa discussão, o Núcleo de Recursos Humanos do CICT, em comemoração ao Dia do Trabalho, organizou, em 09 de maio, o seminárioMudanças no Mundo do Trabalho e a Gestão de Recursos Humanos.

Participaram do debate Paulo Gadelha, vice-Presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho, Leila Mello, diretora de recursos humanos (DIREH), Inês Martins, da Escola nacional de saúde pública (Ensp), Aleksandra Pereira dos Santos, do Departamento de Análise e Monitoramento da Força de Trabalho do Ministério de Planejamento, e Ilma Noronha, diretora do CICT.

No seminário, Inês falou sobre a reestruturação do trabalho dando ênfase a qualificação profissional. Ela apontou, ainda, pressupostos para o desenvolvimento e qualificação do trabalho e do trabalhador que são: o desenvolvimento de competências internas à instituição (técnicas, organizacionais, éticas, políticas e sociais), o desenvolvimento de uma política de educação permanente e um plano integrado de gestão do trabalho. Ao longo de sua apresentação, Inês pontuou uma série de transformações à gestão do trabalho que podem contribuir para a pactuação de planos de desenvolvimento profissional, individuais e institucionais. “Hoje, o gestor tem como desafio desenvolver novas competências. Não dá mais para pensar que o rapaz que opera a máquina de fotocópia não precisa ser capacitado“, pondera Inês.

Após ultrapassar a era do capital e da tecnologia, o trabalho enfrenta a era do conhecimento que sugere um novo modelo de gestão de pessoas. Essa é a visão proposta por Aleksandra, que veio de Brasília para apresentar o modelo de gestão de capacitação por competência desenvolvido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Para ela, o conceito de competência está associado à capacidade das pessoas gerarem resultados para a organização. Porém, os resultados devem ser em duas vias, ou seja, tanto para a organização quanto para o profissional, o que significa traçar planos de desenvolvimento que representem ganhos para as instituições e para os trabalhadores dessas instituições. Além disso, Aleksandra apresentou o sistema que está sendo utilizado pelo CICT na gestão de recursos humanos.

Ao final das apresentações, Leila Mello pontuou que a gestão do trabalho deve estar atenta às questões nacionais. Ela frisou a situação da Fiocruz, que possui cerca de 60% de seu quadro de profissionais preenchido por terceirizados. O que sugere uma ampla reflexão sobre a capacitação e o desenvolvimento de competências, devido à pluralidade de vínculos. Leila elogiou a iniciativa do CICT de investir em novas preposições para a gestão de recursos humanos, confirmando a participação do Núcleo de Recursos Humanos do CICT na Câmara Técnica de Gestão do Trabalho, agendada para julho.

 

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