Icict participa de seminário internacional sobre clima e saúde

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Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz

11/12/2019

Com o objetivo de compartilhar conhecimento e gerar debate entre os acadêmicos sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde, o Ministério da Saúde do Chile e o Instituto de Saúde Pública do Chile (ISPCH) realizou, nos dias 27 e 28 de novembro, o primeiro Seminário Internacional 'Clima e Saúde', em Santiago (Chile). O Brasil foi representado pelo Observatório de Clima e Saúde, do Icict. Também estiveram presentes ao evento membros da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OMS) e de instituições do Chile e de Cuba.

O seminário, que a princípio, foi programado para ser uma reunião prévia da Conferência da ONU sobre o Clima (COP25), para tratar especificamente dos impactos das mudanças climáticas na saúde. Com a transferência da Conferência para Madrid (Espanha), a reunião foi transformada em um seminário internacional. Segundo o analista de sistemas Hegláucio Barros, representante do Observatório de Clima e Saúde, “permitiu estabelecer diálogos com profissionais do Chile interessados no monitoramento destes impactos.”
Barros ministrou as conferências “Construcción de un observatorio de clima y salud” e “Posibilidades de análisis de datos sobre clima y salud”, que seriam apresentadas, respectivamente por Christovam Barcellos e Diego Ricardo Xavier, que não puderam comparecer.

Objetivos & parcerias

O seminário foi baseado em três eixos temáticos: 'Mudança climática: bases físicas e agenda internacional', 'Impacto em saúde: exposições sobre o impacto direto e indireto do clima na saúde' e 'Adaptação à mudança climática: iniciativas governamentais e institucionais de adaptação e investigação', o que já mostrou a disposição do Ministério da Saúde e do ISPCH em criar um observatório de clima e saúde, nos moldes do Observatório do Icict. Os especialistas descreveram sobre os principais problemas enfrentados com as mudanças climáticas, que é, segundo Barros, um passo para se montar um observatório. Foram também avaliados a atualidade e disponibilidade de dados no Chile e a necessidade de cooperação entre vários órgãos do governo.

O Observatório de Clima e Saúde, do Icict, irá cooperar com a troca de tecnologias e assessorar o ISPCH na formação de grupos técnicos e oficinas. A ideia é reunir especialistas de outros países para que possam trabalhar em conjunto. Segundo Hegláucio Barros, que é um especialista em informática para a área de meio ambiente e saúde, será necessário “construir plataformas, o que exige um grande esforço de modelagem e alimentação permanente de banco de dados”.

Algumas iniciativas já foram traçadas para começar o mais rápido possível: como a criação de oficinas, “com especialista de cada área (água, ar, vetores e eventos extremos) para a discussão sobre indicadores, periodicidade das informações, forma de cálculo, validação e consolidação dos dados”, explica Barros. Segundo ele, “a nossa cooperação nesse momento será de direcionar todos esses atores para a sintetização das informações em um prazo mais curto possível”.