Atendendo às necessidades de associar a incidência de doenças às características de cada região, a Fiocruz utiliza, desde 1995, o Sistema de Informações Geográficas (SIG). Nele, é possível colher informações sobre a distribuição espacial das enfermidades, a localização dos serviços de saúde e os riscos ambientais, todos relacionados aos dados da população. Além disso, o SIG auxilia na compreensão dos contextos históricos, sociais e econômicos locais, que podem interferir na saúde das comunidades.
Desenvolvido pelo Centro de Informação Científica e Tecnológica (Cict), o sistema traz bases de dados sobre bairros, favelas, escolas municipais e imagens de satélites, bem como bases cartográficas e topográficas que podem facilitar o planejamento de ações em saúde. Outra vantagem do SIG é promover a discussão das diferentes formas de prevenção, produção e tratamento de doenças, que variam de um lugar para o outro.
Através do sistema, é possível viabilizar estudos sobre o processo de distribuição populacional; o mapeamento das áreas de risco epidemiológico; as possíveis contaminações do meio ambiente; a alocação de recursos públicos e a localização de equipamentos urbanos (energia elétrica, água potável, telefonia, tratamento sanitário, dentre outros).
Para qualificar as informações geográficas no sistema, o Cict mantém um laboratório de geoprocessamento, que desenvolve técnica de monitoramento com recursos de informática para tratar e organizar informações das regiões investigadas. No laboratório são desenvolvidas diversas bases de dados, utilizadas tanto pela Fiocruz quanto por instituições de pesquisa e universidades interessadas.
Atualmente o SIG é focado na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mas existem projetos de estudo para outros municípios do Brasil.