Começaram nesta semana, no auditório do Icict, as reuniões mensais do grupo de trabalho para discussão e proposição de uma terminologia para a saúde capaz de promover a interoperabilidade dos sistemas de informação utilizados pelas atividades científicas, tecnológicas, de atendimento ao público e de gestão da área. Na manhã de terça, 25 de março, a diretora do Icict, Ilma Noronha, e a pesquisadora Cristina Guimarães, também do instituto, estiveram reunidas com representantes de instituições que têm assento na Rede Interagencial de Informações para a Saúde – Ripsa.
Um ponto de partida do grupo é definir um arcabouço para a informação em saúde para o país, permitindo a alimentação padronizada dos sistemas com registros eletrônicos mais inteligentes, que reflitam com a maior fidelidade possível a situação dos serviços de saúde e de seus usuários em todo Brasil. Para isso, um aspecto chave é o ajuste na recuperação de informações dos prontuários de pacientes, sejam documentos eletrônicos ou não.
Tradicionalmente usados em todo o mundo como um meio de alimentar estes sistemas, no Brasil os prontuários ainda não podem ser considerados fontes totalmente confiáveis, já que sua consistência depende do preenchimento correto e de uma continuidade nos registros que permita, por exemplo, o acompanhamento dos contatos que um cidadão tem com os serviços de saúde desde o nascimento, em todo território brasileiro.
Para a diretora do Icict, o trabalho do grupo reside na construção conjunta de uma terminologia que favoreça os cruzamentos de informações que interessem ao país. A partir disto, o grupo pretende apontar uma solução de tecnologia de informação que siga critérios afinados com padrões abertos e acesso livre. Já se discute que, definida a solução, ela seria aplicada em um projeto piloto durante um período ainda a ser estipulado.