Como parte das comemorações pelos 24 anos do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), foram apresentados, no dia 7/4, os projetos aprovados em 2009 pelo Programa de Indução à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (PIPDT), que estimula a pesquisa na unidade. Este ano, um projeto de doutorado e cinco de mestrado foram contemplados com bolsas de até dois anos de duração. Entre os presentes, estavam o diretor do Icict, Umberto Trigueiros e o vice-diretor de Pesquisa, Ensino e Desenvolvimento Tecnológico também do Icict, Christovam Barcellos.

O vice-diretor lembrou que no início da década de 1990 o Icict trabalhava com prestação de serviços para outras unidades da Fiocruz, e que cada profissional era especialista em uma determinada área. "Hoje há uma cultura multidisciplinar no Icict, que propiciou a variedade de temas observada nos projetos apresentados", afirma Barcellos. Segundo ele, é essencial para o Icict firmar parcerias internas e também com outras instituições de ensino e pesquisa do Brasil.

De acordo com o pesquisador Nilton Bahlis Santos, autor do projeto “Uma Incubadora de Cursos a Distância para o Next e para o Icict”, a idéia partiu de uma demanda da própria unidade. "Alguns pesquisadores queriam trabalhar com a modalidade de Educação a Distância em projetos institucionais. O próximo passo do projeto é o uso dessa modalidade na formação de recursos do Icict e nas suas atividades educacionais", acrescenta Santos.

Com o projeto “Educação Permanente no Icict: integrando ações de Ensino, Gestão e Desenvolvimento”, as pesquisadoras Imara Freire e Indira Alves pretendem mapear e regulamentar as atividades de educação do Icict, além de implementar um sistema de gerenciamento dessas atividades. "A criação de uma comunidade virtual para a troca de idéias entre a equipe técnica participante do projeto foi o primeiro passo dessa iniciativa", explica Imara Freire.

Já a pesquisadora Márcia Lisboa apresentou o projeto “De jovens para jovens: construindo um produto de comunicação em saúde e ciência”. Segundo ela, a proposta tem o objetivo de aprofundar a experiência de construção coletiva a partir de oficinas, a serem realizadas com jovens moradores de comunidades do entorno da Fiocruz. "Durante as oficinas, jovens de 14 a 17 anos produzirão textos, fotos, vídeos, entre outros produtos, para serem incorporados ao projeto Fiojovem, já desenvolvido na Fiocruz", ressalta Márcia Lisboa.

Intitulado “Gestão do processo para socialização da informação audiovisual em saúde”, o projeto da pesquisadora Rosinalva Souza pretende analisar o uso do material da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz para fins educacionais. "A ideia partiu do projeto de lei, que tramita no Congresso, de autoria do senador Cristóvão Buarque, que prevê a exibição de filmes nacionais em todas as escolas brasileiras, públicas e privadas, que atendam crianças de quatro a 18 anos", conta Rosinalva Souza. Segundo ela, a idéia é obter subsídios e criar estratégias para uma melhor utilização do acervo da VideoSaúde em escolas.

O projeto do pesquisador Rubem Oliveira “Projeto de Constituição do Repositório Virtual do Acervo de Obras Raras da Biblioteca de Ciências Biomédicas” tem por objetivo digitalizar obras do acervo da Seção de Obras Raras A. Overmeer da Biblioteca de Ciências Biomédicas. "O desafio está no manuseio do material, já que lidaremos com obras raras e muitas precisam de cuidados especiais", afirma.

Por fim, o pesquisador Sérgio Síndico apresentou o projeto “Estudo de usuários no contexto da Biblioteca Virtual em Saúde em Doenças Infecto-contagiosas e Parasitárias e da Biblioteca de Aleitamento Materno: análise do “Fale Conosco”. Uma das propostas é traçar o perfil dos usuários, identificar as demandas que não foram atendidas e visualizar as áreas que tiveram mais solicitações. "A a partir daí, queremos produzir novos conteúdos que possam ser incorporados ao acervo da biblioteca", completa Síndico.