Uma cidade turística, uma boate e um ciclo de palestras sobre meio ambiente. Quem pensa que essa combinação não seria possível, está enganado. Durante o verão, pesquisadores da Fiocruz, junto a outras entidades, se reuniram numa casa noturna, em Búzios, para conscientizar moradores, pescadores e turistas sobre a preservação da fauna marinha. Renata Gracie, pesquisadora do CICT, participou do evento com a palestra “Nosso ambiente precisa de decisão: ferramentas para agir e planejar”. Renata, que foi convidada pelo Grupo de Estudo de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos (GEMM-Lagos) - responsável pela organização do evento - falou sobre o geoprocessamento como ferramenta para planejar a utilização do meio ambiente.
Na apresentação, Renata, que é geógrafa, relacionou as técnicas de geoprocessamento para o tratamento, manipulação e apresentação de dados, falando, também, do sistema de monitoramento e diagnóstico. Informações como número de casos de Aids por bairro do Rio de Janeiro ou cobertura de abastecimento de água nas regiões do município tornam-se informações imprescindíveis para a formulação de políticas públicas.
Para entender a relação entre meio ambiente e estes dados, a geógrafa considerou o ambiente como o somatório dos objetos – ruas, plantações, rios etc – com as ações humanas e as naturais – a Tsunami, por exemplo. Dessa forma, a partir dos dados recolhidos pelo Sistema de Informação em Geoprocessamento é possível produzir relatórios coordenando diferentes informações. Renata comentou, também, sobre o ‘ICMS ecológico’, uma forma de captar recursos para a preservação ambiental. Segundo ela, os municípios que adotaram essa medida são mais preservados.
Mais informações podem ser obtidas com a própria pesquisadora.