O projeto “Caminhos do Cuidado”, que tem como meta formar agentes comunitários e auxiliares e técnicos de enfermagem em saúde mental (crack, álcool e outras drogas), chega ao final deste ano com um total de 237.175 profissionais formados. Desde o início das atividades, em 2013, foram oferecidas cerca de 290 mil vagas em todo o Brasil.

Esse esforço para a formação dos profissionais de saúde surge do desafio que é o problema das drogas no Brasil. A parceria entre o Ministério da Saúde, o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) e o Grupo Hospitalar Conceição, com o apoio da Fiotec, tem uma importância social para a área da saúde, já que se propõe a levar a formação presencial aos mais distantes municípios do país.

Todas as turmas reunidas para a formação dos profissionais de saúde já foram encerradas e atualmente o projeto encontra-se em sua fase final, de avaliação. É o que explica Ruy Casale, coordenador de infraestrutura e logística. “Começamos a fase em que tudo o que foi produzido se tornará um grande material para pesquisa e entendimento da realidade da saúde mental e da atenção básica no Brasil”.

Ainda de acordo com Ruy Casale, existe a ideia de construir, posteriormente, um observatório do “Caminhos do Cuidado”, onde todos os dados coletados pelo projeto poderão ser disponibilizados.

Objetivos alcançados

O coordenador explicou também que um dos principais objetivos do projeto foi oferecer a oportunidade de formação para profissionais de saúde de municípios muito distantes. “Nosso compromisso era com a oferta e o resultado foi expressivo, porque ofertamos cerca de 292 mil vagas e matriculamos, efetivamente, 285 mil alunos. Ou seja, a variação foi de cerca de 2%, entre o número de vagas oferecidas e o número de matriculados”.

Apoio estratégico

A Fiotec esteve presente durante toda a execução do “Caminhos do Cuidado”, e de acordo com a assessoria do projeto, mostrou-se como principal parceira no esforço singular, senão inovador, de levar formação para profissionais de saúde de todo o Brasil. Durante pouco mais de um ano trabalhadores da Fiotec foram deslocados para trabalhar no escritório do projeto, no Centro do Rio. A proximidade com a equipe do “Caminhos do Cuidado” facilitava e, principalmente, agilizava os processos. 

“Nós tivemos que providenciar pagamentos de ajuda de custos, pagamentos de bolsas, contratação de alimentação e de outros recursos de infraestrutura em cada uma das cidades em que o projeto foi realizado. O volume do trabalho foi gigantesco. O extrato do projeto registra mais de 40 mil transações financeiras executadas. A Fiotec foi absolutamente fundamental. E o que mais gerou mobilização foi a característica muito particular do projeto, que obrigou a instituição a se redesenhar para poder atender às demandas”, destacou o coordenador Ruy Casale.

Fonte: Fiotec Notícias [3]