“Redes sociais: metodologias de análise” é o tema da palestra que o Programa de Pós--Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS)/Icict realiza nesta quinta-feira, 10 de novembro. O convidado é um dos coordenadores do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Fabio Goveia, que realiza pesquisas que priorizam temas como Visualizações de Dados e Data Science.
O Labic desenvolve projetos voltados a análise de dados das mídias sociais como o Monitor de Direitos Humanos, que acompanha a veiculação de informações preconceituosas no Facebook, Twitter e o Instagram. O aplicativo foi adotado em 2015 pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Outros projetos são “O Big Data dos Protestos: Novas perspectivas metodológicas de comunicação para a análise do papel das redes sociais nos protestos brasileiros abertos a partir de junho de 2013”, “Desenvolvimento de ferramentas para análise de dados extraídos de redes sociais (2014 – atual)”, “Politic (uso político e cidadão das mídias sociais)”, “Fortalecimento do uso de dados das redes sociais para a gestão e análise de informações sobre direitos humanos no Brasil”, dentre outros.
Em uma entrevista rápida ao site do Icict, Fabio Goveia fala sobre a palestra e as metodologias utilizadas, como netnografia e perpectivismo.
Sim. Os métodos devem ser bem adaptados para que as respostas sejam satisfatórias. Contudo, não podemos achar que as redes sociais digitais contém todas as formas da vida social.
Difícil responder, pois algumas podem não se ajustar ou podem ser importantes para um objeto e não para o outro. Uma das mais utilizadas é a netnografia – uma espécie de etnografia realizada na internet.
Tentarei expor um pouco do que realizamos no Labic. Mostrarei alguns exemplos práticos de uso de metodologia para ler grandes volumes de dados.
Há muitas possibilidades de ler os dados que circulam nas redes. O que buscamos é associar metodologia de coleta de grandes volumes de dados com olhar crítico sobre esses dados. Uma das metodologias que trabalhamos é chamada de perspectivismo – que é uma abordagem que compreende os fenômenos a partir da perspectiva criadas pelos usuários. Uma referência para nós é o perspectivismo ameríndio, conceito do antropólogo Eduardo Viveiro de Castro.
O evento será realizado de 9h às 12h30, na sala 710, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, na Av. Brasil. 4.036, Manguinhos. A entrada é franca e não há necessidade de inscrição.
Imagem: Creative Commons
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[7] http://www.ebc.com.br/cidadania/2015/11/aplicativo-vai-monitorar-mensagens-de-odio-e-racismo-nas-redes-sociais
[8] http://www.labic.net/cartografia/30-contra-todas-analise-da-rede-de-denuncia-e-solidariedade-no-twitter/