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Palestra sobre crack - Marcelo Rasga Moreira

por
Graça Portela
,
16/04/2013

Marcelo Rasga Moreira, da Ensp/Fiocruz, foi o segundo a falar e abordou o trabalho do pesquisador e a divulgação do resultado das pesquisas pela mídia. Para Rasga, o trabalho do pesquisador deve ser constante e questionador. Ele não pode aceitar que as situações-problema que ele busca sejam definitivas: "Ele não tem que sair da zona de conforto".

O pesquisador da Ensp chamou a atenção para a imensa produção de pesquisas da Fiocruz, mas seus resultados são pouco divulgados. “Precisamos de veículos que façam nossas pesquisas chegarem aos ouvidos da sociedade, mas essas mediações por meio da mídia  tradicional têm nos gerado problemas”, afirmou.

 

Ele citou a pesquisa que realizou com adolescentes e jovens no início dos anos 2000, que registrou no livro “Nem soldados, nem inocentes: juventude e tráfico de drogas no Rio de Janeiro". Na pesquisa, Rasga acompanhou o envolvimento dos jovens com o crack, ora como usuários, ora como trabalhadores do tráfico, ora como vítimas de uma nova droga que entrava no mercado carioca. "A tentativa de mostrar à sociedade alguns dados da pesquisa através da mídia acabou sendo frustrante, pois o jornal que publicou a matéria apenas enfatizou um ângulo da questão, distorcendo todo o sentido da pesquisa", disse.

Rasga afirmou que a Fiocruz faz pesquisa para garantir a saúde, o SUS, o estado de bem-estar social, o desenvolvimento do país. Ou seja, a Fiocruz tem uma posição. Mas, alertou: “a mídia tem interesses políticos, ideológicos claros. E quantas vezes esses interesses não se coadunam com os interesses da pesquisa, da reflexão científica?”, indagou.

Para driblar as limitações da divulgação científica na mídia tradicional, Marcelo Rasga evocou o uso das mídias sociais. Para ele, este é um momento histórico em que as redes sociais, o Twitter, o Facebook, nos dão essa possibilidade. “Não podemos, como pesquisadores, prescindir de uma forma de nos comunicarmos diretamente com a sociedade”.

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