Começou hoje, 24/10, na Unirio, a 2ª Jornada Científica Internacional da Rede MUSSI, que tem como tema “Redes e processos info-comunicacionais: mediações, memórias, apropriações. Cerca de 100 pessoas estiveram presentes na abertura, que contou com Emir Suaiden, diretor do Ibict/Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcos Luiz Cavalvante de Miranda, representando o pró-reitor de Pós-Graduação e Pesquisa da Unirio, sede do evento, Christovam Barcellos, vice-diretor de Pesquisa, Ensino e Desenvolvimento Tecnológico do Icict/Fiocruz, e das coordenadoras científicas da Rede Mussi no Brasil, Regina Marteleto e França, Viviane Couzinet.

Regina Marteleto apresentou um histórico da Rede e afirmou que a próxima jornada será em Salvador, Bahia, e terá o apoio da Universidade Federal da Bahia. Já Viviane Couzinet destacou os objetivos da criação da Rede, dentre eles, “fazer com que o francês e o português sejam reconhecidos como idiomas científicos – o que não é fácil”, afirmou.  Ela também falou que “há muito a fazer e essa Jornada nos permitirá pensar sobre o que mais podemos fazer.”

A coordenadora científica no Brasil falou sobre a inovação que ocorre nessa Jornada, que é a “Comunicação convidada”, algo comum nas Jornadas francesas, mas que pela primeira vez é realizada pela Rede Mussi aqui no Brasil. Regina Marteleto citou a apresentação que ocorrerá na quinta-feira (25), da professora e pesquisadora Tâmara Egler, do Ippur/UFRJ, que abordará “Rede e tecnologia no conhecimento do espaço”.

Após as palavras de abertura, foi a vez do professor e pesquisador da Université d’Avignon et dês Pays de Vaucluse, na França, Jean Davallon, que falou sobre a cultura digital “Do digital para a cultura à cultura digital?”

Uma das questões levantadas por Davallon foi se “há uma modificação das práticas culturais a partir da cultura digital no mundo da cultura?”.  O pesquisador destacou a criação do cd-rom Versailles, o primeiro jogo cultural do Museu de Versailles (França). Segundo ele, “as práticas dos museus, com essas culturas digitais, não trouxeram mudanças práticas. Mas, houve mudanças na forma de olhar as obras de arte, em seu armazenamento.”

Outro ponto abordado por Davallon foi a transferência das competências editoriais que estavam no lado social para os técnicos de informática, que fazem os softwares. Davallon afirmou também que há um “humanismo digital, no qual está a capacidade do usuário de atuar na mediação do técnico e do cultural.” Ele citou o twitter, que para ele “é uma edição em nível de rede. O formato das coisas a serem ditas já está definido (número de caracteres), o editorial já está automatizado e as mensagens só seriam entendidas naquele contexto pelo receptor, que interpreta a mensagem”, explicou.

Nesta quinta-feira, após a comunicação convidada, com Tâmara Egler, haverá a segunda mesa redonda, que tem como tema “Dispositivos, memória e usos sociais dos saberes”. Na parte da tarde, as sessões de comunicações terão como temas “Leituras, escritas e novas mídias”, “Cultura informacional e acesso ao conhecimento”, “Documento, mediação e linguagem” e “Narrativa, cultura, escrita e oralidades”.
 
O evento vai até sexta-feira, 26/10, na Unirio, que fica na Av. Pasteur, 296, na Urca.

Serviço:

2ª Jornada Científica Internacional da Rede Mussi
Período: de 24 a 26 de outubro de 2012
Local: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO
Av. Pasteur, 296 - Urca
Informações: jornadamussi2012@icict.fiocruz.br [3]; telefones (55-21) 3882 9183 e 3882-9173