Na Semana da Criança, a Plataforma de Filmes Videosaúde da Fiocruz estreia duas produções para caírem no gosto do público infanto-juvenil. A série em cinco episódios Mudando o mundo reúne lirismo, delicadeza e bom-humor para retratar personagens marcantes da saúde e da ciência. Em Amazônia sem garimpo, povos indígenas contam os dramas e o perigo da contaminação dos rios e das águas pelo mercúrio da mineração. A produção também traz uma novidade para a Plataforma de Filmes: a animação com narração em duas línguas indígenas - Yanomami [3] e Munduruku [4], além do português. As narrações foram feitas pelas próprias populações indígenas e o roteiro desenvolvido coletivamente entre produtores audiovisuais, pesquisadores e os povos retratados.

Mudando o mundo faz parte do catálogo do selo Fiocruz Vídeo e foi produzida pela premiada produtora paulistana Coala Filmes com técnicas de animação e stop motion. O roteiro envolvente e pontuado pela participação de crianças curiosas – que originalmente foi lançada numa versão unindo todos os episódios – tem um dispositivo narrativo que descreve os personagens e os temas e contextos de saúde e ciência de forma lúdica e criativa. No trecho que recria a Revolta da Vacina, em 1904, no episódio sobre Oswaldo Cruz, graça e criatividade se juntam a serviço da boa contação de histórias para o público infantil.

Para a equipe da Videosaúde, incluir filmes e animações voltadas para o público infantil e juvenil tem sido uma tarefa contínua, uma vez que, por meio de acompanhamento de métricas e manifestações de público em redes sociais, ainda se identifica a falta de produções desse tipo sobre temas da saúde e ciência. As possibilidades de aplicação em ações de ensino e educação também são amplas, de acordo com a equipe. 

Narrativas cativantes 

No geral, os episódios de Mudando o mundo desenvolvem-se a partir de uma estrutura comum. Em uma sala de aula, brinquedos e objetos ganham vida para ajudar a contar a história de descobertas científicas, na área da saúde, que mudaram o mundo. Em cinco divertidos episódios aprenda sobre Oswaldo Cruz e o combate à varíola; Adolpho Lutz e Emilio Ribas e a experiência sobre a transmissão da febre amarela; Carlos Chagas e a descoberta do inseto transmissor da doença de Chagas; Manoel Dias de Abreu e a invenção da técnica de abreugrafia e Zé Gotinha e a importância da vacinação.

Garimpo e mercúrio 

O tema ambiental, por sua vez, domina a outra estreia da Plataforma. Na animação Amazônia sem garimpo, os impactos do mercúrio em áreas protegidas e povos da floresta na Amazônia são o destaque da trama. Foi realizada pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp/Fiocruz), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Por meio de financiamento do Programa Inova Fiocruz e da Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) via projeto Aprimoramento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, através do desenvolvimento de estudos técnicos, pesquisas científicas e ações estratégicas, essenciais para a diversificação, ampliação e qualidade dos serviços de saúde prestados aos indígenas.

Para saber mais sobre as animações e a partir de que projeto ela foi concebida, leia a entrevista com o pesquisador Paulo Basta, da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fiocruz, acessando aqui [5]

Conheça as animações da Plataforma de filmes da Videosaúde / Fiocruz, clicando aqui [6]

Assista Mudando o mundo:

Mudando o mundo - Versão integral [7]

Mudando o mundo - Oswaldo Cruz [8]

Mudando o mundo - Carlos Chagas [9]

Mudando o mundo - Lutz Ribas [10]

Mudando o mundo – Abreugrafia [11]

Mudando o mundo - Zé Gotinha [12]
 

Assista Amazônia sem garimpo: 

Versão em português - https://www.youtube.com/watch?v=OPDDWjLiqDk  [13]

Narração em Yanomami - https://www.youtube.com/watch?v=6o_fyNphgMU  [14]

Animação em Munduruku - https://www.youtube.com/watch?v=2WjHZJzkrT4 [4]