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Pesquisadores em militância pela saúde do idoso

por
Cristiane d'Avila
,
02/12/2014

Ciência e militância podem definir as forças que unem pesquisadores em prol de esforços pelo envelhecimento digno da população. A afirmação do pesquisador Daniel Groisman, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), sintetizou as apresentações do seminário “Papel dos Dados, Indicadores e Sistemas de Informação na Gestão e Governança em Saúde das Pessoas Idosas", realizado na manhã de terça-feira (2/12) no auditório do Icict. 

No evento foi lançado o curso on-line “Informação e indicadores para a gestão de saúde do Idoso no Rio de Janeiro”, desenvolvido pelo Lis/Icict e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). O curso é de acesso livre e tem como objetivo fornecer material didático adequado para o ensino sobre informação, indicadores e políticas públicas de saúde dos idosos, para utilização na área de planejamento e gestão de saúde do idoso do Estado do Rio de Janeiro. O material disponibilizado poderá ser utilizado na capacitação dos gestores de políticas de saúde da pessoa idosa do SUS. A iniciativa é parte da capacitação oferecida pelo Icict e pela Faperj para a utilização do Sisap-Idoso.

Organizado pela pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde (Lis/Icict) Dalia Romero, o evento teve como objetivo apresentar o andamento de pesquisas no âmbito da saúde da pessoa idosa e do envelhecimento populacional no Brasil. “A expectativa de vida de homens e mulheres no Brasil, de 1980 a 2013, aumentou em 12,4 anos. Nunca se viu ganho tão grande em esperança de vida em tão curto espaço de vida. Mas o Brasil está se organizando para isso, essa mudança é muito drástica”, explicou Dalia Romero.

Coordenadora do grupo de pesquisa do Lis dirigido ao estudo da saúde do idoso, Dalia afirmou que as pesquisas sobre o tema vêm aumentando, principalmente por conta dos projetos de pesquisa do Lis/Icict em parceria com a Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/Ministério da Saúde (Cosap/MS), para o desenvolvimento de métodos e técnicas que ampliam a capacidade de intervenção nos problemas de saúde dessa população.

São exemplos desta parceria produtos como a Caderneta do Idoso, o Sisap-Idoso, o Edital de Experiências Exitosas sobre Saúde do Idoso no Território Brasileiro, a atualização do Caderno de Atenção Básica do Idoso, e a capacitação dos gestores na área de informação em saúde do idoso.

Da esq. para a dir.: Edgar Nunes, Dalia Romero, Christovam Barcellos (chefe do Lis/Icict), Daniel Groisman, Marcel Pedroso e Aline Marques

“O empoderamento da pessoa idosa vem ganhando força, como também o direito ao acesso aos sistemas de saúde. No Lis/Icict, estamos propondo uma parceria com a Universidade de Winsconsin, a fim de gerar indicadores para a América Latina sobre vulnerabilidade sociofamiliar de idosos, e lançando o curso on-line de acesso livre”, completou Dalia.

Em seguida, Aline Marques, do Lis/Icict, falou sobre “O papel da atenção básica na melhora da qualidade de vida dos idosos. Evidências a partir do indicador das Internações por condições sensíveis à atenção primária”. Em seu projeto, Aline investiga como auxiliar a gestão e o planejamento do Sisap-Idoso para que as evidencias epidemiológicas sejam utilizadas pelos gestores. “A discussão principal é buscar indicadores sentinelas em saúde sobre internações e mortes evitáveis em municípios. Isso sugere a reorganização da atenção básica primária e sua avaliação de desempenho”, apontou.

Edgar Nunes de Moraes, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Membro do Comitê Assessor do Ministério da Saúde na área de Saúde do Idoso, apresentou a palestra “O papel do indicador de funcionalidade”. Segundo o pesquisador, a grande dificuldade de investigar o envelhecimento no Brasil é que não há consenso para que se criem facilmente indicadores que auxiliem pesquisas sobre saúde do idoso.

“A gestão da saúde do idoso inclui o diálogo sobre o indivíduo e o coletivo. Criar um indicador nesse panorama é primeiro entender saúde como funcionalidade global relacionada a atividades da vida diária do indivíduo, que exigem cuidados de longa duração. Além disso, naturalmente o envelhecimento é impactado por fatores como a incapacidade de cognição, humor/comportamento, mobilidade e comunicação. Nesse contexto, temos que lidar com a vulnerabilidade desse indivíduo levando em consideração sua condição clínico-funcional, sociofamiliar e também de risco ambiental”, esclareceu.

A última fala foi do pesquisador do Lis/Icict e coordenador do Centro de Estudos do Icict, Marcel Pedroso, que apresentou o sistema de acesso livre para cadastro e georreferenciamento de relatos desenvolvido pelo Icict em parceria com o Centro de Estudos Avançados de Governo e Administração Pública da Universidade de Brasília (CEAG/UnB), em linguagem Ushahidi (http://adm.ceag.unb.br/saude/ [3]). A ferramenta permite o cadastro de informações pelos gestores municipais e estaduais de saúde do idoso, e atualmente disponibiliza os resultados do "Mapeamento das experiências municipais e estaduais no campo do Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa" no Território Brasileiro. 

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Arquivos para download

[5]

Apresentação Aline Marques em 2/12/14 [5]

"O papel da atenção básica na melhoria da qualidade de vida dos idosos: evidencias a partido indicador de internações por condições sensíveis à atenção primária"

[6]

Apresentação Dalia Romero 2/12/14 [6]

“Papel dos Dados, Indicadores e Sistemas de Informação na Gestão e Governança em Saúde das Pessoas Idosas"

[7]

Apresentação Edgar Nunes de Moraes 2/12/14 [7]

"O papel do indicador de funcionalidade"

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Dados estão no livro “Novo Regime Demográfico: Uma Nova Relação entre População e Desenvolvimento Econômico”

Para saber mais

Sisap-Idoso [12]
Pesquisa do IBGE aponta: em 2013, esperança de vida ao nascer foi de 74,9 anos [13]

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