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Reciis lança 2° número de 2024 e comemora 10 anos da Política de Acesso Aberto da Fiocruz

por
Roberto Abib (Reciis)
,
04/07/2024

Arte: Luciana Rocha Mariz Clua (Multimeios/Icict/Fiocruz) | Imagem da capa: Raul Santana (Fiocruz Imagens)

Em editorial do segundo número de 2024, a Reciis convida a pensar na produção do conhecimento por uma perspectiva decolonial, um movimento que critica a hegemonia de prioridades, conceitos e metodologias de pesquisas influenciadas pelos países centrais e ocidentais. A edição aborda também o movimento da Ciência Aberta em alusão aos 10 anos da Política de Acesso Aberto da Fiocruz [3], além de artigos originais que abordam a relação entre comunicação, informação e saúde. A Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação em Saúde (Reciis) [4] é editada pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Icict/Fiocruz).

Barcellos, Araújo e Sacramento [5] discorrem sobre as possibilidades para construir uma ciência que evidencie a historicidade e a complexidade das experiências locais em ciência e saúde do Sul Global a fim de mobilizar padrões culturais ocidentais pensados como normas universais e perpetuadoras de relações coloniais. Para isso, os editores e a editora científica elencam como caminho o reconhecimento, o respeito e a valorização das práticas tradicionais locais; o engajamento das comunidades locais no processo de pesquisa – desde a identificação do problema em saúde até a implementação de estratégias – e a priorização de pesquisas que abordem as desigualdades sociais e econômicas no Sul Global.

Em junho de 2024, mês em que a Reciis celebra seus 17 anos e o ano em que a Fiocruz marca seus 10 anos de política de acesso aberto, o Icict promoveu o 1º Encontro de Tecnologias para Ciência Aberta - Desafios da comunicação científica: ciência aberta, sustentabilidade e OJS. O evento contou com a participação de profissionais de diversas áreas no intuito de refletir sobre o movimento pela ciência aberta e sua implementação a partir de infraestruturas abertas, como o OJS (Clique aqui e veja como foi o encontro [6]).

A produção sobre Ciência Aberta na área de Ciência da Informação no Brasil é tema do artigo de Vinícius dos Santos e Maria Nélida de Gómez [7]. O autor e autora realizam um mapeamento de artigos científicos publicados na Base de Dados Referenciais de Artigos de Periódicos em Ciência da Informação (Brapci) entre 2015 e 2019 e demonstram, no período observado, a prevalência de estudos sobre temáticas de dados de pesquisa abertos e sobre repositórios como maneiras de aperfeiçoar os fazeres científicos. O autor e autora ainda enfatizam a necessidade de aproximar ciência e sociedade com a participação do cidadão no desenvolvimento das pesquisas científicas.

Entre o mar e as ruas

Em ‘O mar que habita em mim’, Flores et al. [8] demonstram como estratégias comunicativas podem promover reflexões com a comunidade e gestores em saúde localizados em regiões à margem das águas. O estudo etnográfico foi feito a partir de vivência e oficinas, com análise e produção de estratégias em relação ao trabalho, vida e saúde com pescadoras artesanais do litoral de Pernambuco.

Já Bucciarelli et al. [9] discutem a comunicação dos sentidos de informalidade, casualidade e familiaridade entre vendedoras de café nas ruas de São Paulo (SP) e Vitória (ES).

Neste artigo, autores e autoras problematizam políticas públicas de trabalho, condições sanitárias, serviços de transporte e saúde. Ainda pelas ruas, Bortoletto et al. [10] vivenciam o serviço ‘Consultório na Rua’ em municípios de médio porte no Sul do Brasil. Autoras e autores apresentam pistas, as quais denominam como genealógicas, que indiciam sentidos de criminalização e assimilação histórica em relação às pessoas em situação de rua no Brasil, devendo ser observados na implementação de políticas públicas voltadas a essa população.

Nas mídias e releituras do passado

A edição traz também artigos originais em que as plataformas de mídia são campos de pesquisa. Na plataforma Kwai, Ben-Hur Costa et al. [11] observam a prevalência de narrativas de vídeos curtos sobre as experiências pessoais com a vacinação contra a covid-19. Destacam percepções positivas e negativas, que podem suscitar dúvidas quanto à segurança das vacinas. Na rede social Instagram, Natalí Costa et al. [12] também identificam sentimentos contraditórios em relação à vacinação contra a covid-19, que vão desde sensações positivas de reconhecimento e valorização até sentimentos negativos, de revolta e indignação, diante da hesitação vacinal e dos discursos antivacina.

Isabelle Araújo, Sedruoslen Costa e Rafaela da Silva [13] analisam indicadores sobre testagem da sífilis na gestação no Programa de Qualificação das Ações de Vigilância em Saúde (PQAVS) e no Programa Previne Brasil no estado da Paraíba e ressaltam a importância da ampliação da oferta de testes para sífilis, dos insumos para o tratamento adequado e da qualificação dos profissionais e da informação em saúde. Ainda na perspectiva da Vigilância em Saúde, Laura Santos et al. [14] fazem uma análise bibliométrica sobre a produção do conhecimento sobre a Chikungunya. Luciana da Cruz, Mariana Rodrigues e Thiago Seles [15] analisam as propagandas de cervejas que tiveram alguma denúncia feita ao ou pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), entre os anos de 2015 e 2020.

Júlio César Rigoni Filho [16] analisa as representações do usuário de substâncias psicoativas veiculadas no jornal Folha de S. Paulo no período da ditadura militar brasileira. O conteúdo analisado compõe o acervo virtual do jornal e o estudo, segundo o autor, possibilita refletir sobre os atuais movimentos nostálgicos do ufanismo existente no período ditatorial e seus impactos nas políticas de drogas. Na seção resenha, Lucena et al. [17] desenvolvem uma crítica sobre o filme Safe (1995), dirigido por Todd Haynes. De acordo com os autores, a obra realizada décadas atrás, traz questões atuais e críticas sobre a sociedade contemporânea, explorando a desconexão e o vazio existencial nas crises ambientais.

A Reciis é uma das iniciativas da Política de Acesso Aberto da Fiocruz; é um periódico diamante, sem qualquer cobrança de taxa para submissão ou publicação de textos.

Clique na imagem abaixo para acessar o segundo número de 2024 da Reciis v. 18, n. 2 [18]

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Para saber mais

Reciis - volume 18, nº 2 [18]
Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde - Reciis [4]
Desafios da comunicação científica: ciência aberta, sustentabilidade e OJS - MANHÃ [22]
Desafios da comunicação científica: ciência aberta, sustentabilidade e OJS - TARDE [23]
Ciência Aberta Fiocruz [24]
Política de Acesso Aberto ao Conhecimento da Fiocruz [3]

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