Congruência entre Ministérios é lembrada na abertura da 2ª CNCTIS

por
Ascom/Icict
,
27/07/2004

O dia 25 julho marcou o início da 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (2ª CNCTIS). Para discutir melhores caminhos à Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação no setor, estão reunidos, em Brasília, representantes das organizações da sociedade civil, pesquisadores, trabalhadores, prestadores de saúde, gestores e financiadores de ciência, tecnologia e educação de todo o país.

A abertura da conferência, convocada pelos Ministérios da Saúde (MS), da Educação, e da Ciência e Tecnologia, contou com a presença de Gastão Wagner, secretário executivo do MS; Jorge Guimarães, presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e Cylon Gonçalves da Silva, secretaria de política e programas de pesquisa e desenvolvimento (SEPED). De acordo com a organização do evento, a associação do conhecimento e do trabalho desses três setores pretende intensificar a cooperação técnica e garantir o fomento às pesquisas que contribuam na resolução das necessidades de saúde da população.

Reinaldo Guimarães - coordenador geral da 2ª CNCTIS e diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde - abriu os trabalhos destacando que poucas políticas públicas podem ser consideradas verdadeiras políticas de Estado, no sentido de terem respaldo permanente da maior parte dos três poderes. "Eu diria que o pacto mais geral a ser buscado nessa 2ª CNCTIS é o de incorporar o tema da ciência, tecnologia e inovação em saúde no repertório da Reforma Sanitária brasileira e no conjunto das tarefas importantes do Sistema único de Saúde. Isso enfatiza o caráter intersetorial das conferências de Ciência e Tecnologia e a relevante participação dos Ministérios da Educação e de Ciência e Tecnologia", afirmou.

Guimarães ressaltou ainda que a Política de Ciência e Tecnologia em Saúde venha a ser um componente da Política de Saúde. Segundo ele, a política deverá ser fundamentada a partir de eixos condutores importantes, entre os quais: a necessidade de uma visão mais ampla da pesquisa em saúde - que contemple universidades, institutos, empresas e serviços de saúde - e a necessidade de uma visão inclusiva, capaz de estimular os pesquisadores das diversas áreas em torno da agenda de prioridades nacionais.

Por último, Reinaldo Guimarães recomendou que o plenário da 2ª CNCTIS trabalhe pela criação de um órgão de fomento vinculado ao Ministério da Saúde capaz de realizar as operações de financiamento à pesquisa científica e tecnológica, além de coordenar as ações de avaliação necessárias ao avanço do SUS. "Esse órgão seria o guardião da Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde", avaliou.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Gastão Wagner, em seu discurso, reforçou a importância da criação do órgão de fomento e reafirmou a importância de fazer da conferência um espaço em defesa do SUS. "Espero que essa conferência represente para o setor de pesquisa o mesmo que a 8ª Conferência representou para o Sistema único de Saúde, criando parâmetros e diretrizes para o seu desenvolvimento", disse.

 

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