Defesa de tese de doutorado aborda o lugar do outro na Comunicação Pública

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
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18/10/2022

Será no dia 27 de outubro, quinta-feira, a partir das 14 horas, a defesa da tese de doutorado de Rogério Lannes, aluno do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde - PPGICS. Lannes apresentará o estudo "O lugar do Outro na Comunicação Pública: saúde, polifonia e alteridade na Revista Radis", que foi orientado por Inesita Soares de Araujo. 

A tese discute as possibilidades de uma comunicação pública ultrapassar os limites da mediação e produzir efetivamente um debate polifônico. Uma das conclusões do autor é a de que "com base no que emergiu da pesquisa participativa, das análises e de suas contextualizações, percebe-se que a dimensão do Outro é muito maior do que a Comunicação Pública pode alcançar ou oferecer". 

A defesa será realizada no Campus Fiocruz Maré, na sala 410, às 14 horas.

Defesa de Tese de Doutorado 

Título: O Lugar do Outro na Comunicação Pública: saúde, polifonia e alteridade na Revista Radis 

Aluno: Rogério Lannes Rocha

Orientadora: Inesita Soares de Araújo (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca: 

Titulares: 
Drª Janine Miranda Cardoso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Dr. Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Dr. Paulo Marchiori Buss (CRIS/FIOCRUZ) 
Dr. Gastão Wagner de Sousa Campos (PGSCFCM/UNICAMP) 

Suplentes: 
Drª Kátia Lerner (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Drª Lúcia Regina Florentino Souto (DIHS/ENSP/FIOCRUZ) 

Data: 27/10/2022 - 5a feira | Horário: 14h 

Local: Sala 410 – Prédio Sede Campus Maré 

Resumo:  Este trabalho teve como objetivo discutir o lugar do Outro na Comunicação Pública, bem como as possibilidades de uma comunicação pública ultrapassar os limites da mediação e produzir efetivamente um debate polifônico, que permita deslocamentos de lugar e o protagonismo de múltiplas vozes. Ele parte da compreensão de que o exercício do direito à comunicação, entendido como o direito humano individual e coletivo de comunicar, associado historicamente à luta pela democratização da comunicação, é indissociável do exercício dos demais direitos, inclusive do direito à saúde. 

A pesquisa teve como referências estudos do direito à comunicação em Stevanim e Murtinho (2021), das teorias da enunciação e da produção social dos sentidos em Araújo (2004) e Orlandi (2007) e dos estudos subalternos e pós-coloniais em Spivak (2010). Em sua dimensão empírica, a pesquisa envolveu leitores da Revista Radis em um processo participativo de análise discursiva da presença, da ausência e do protagonismo de vozes de atores sociais diversos na textualidade da revista, examinando matérias jornalísticas por eles escolhidas. Nessa sucessão de conversas individuais e coletivas com o pesquisador, os participantes refletiram também sobre comunicação e saúde, atuando como coprodutores desse conhecimento. 

O estudo aponta que a Comunicação Pública pode e deve desenvolver-se como um espaço que se abre à presença do Outro e ao protagonismo de sua voz. No entanto, com base no que emergiu da pesquisa participativa, das análises e de suas contextualizações, percebe-se que a dimensão do Outro é muito maior do que a Comunicação Pública pode alcançar ou oferecer. A alteridade é maior do que a polifonia, maior do que a comunicação que acontece no encontro. O lugar do Outro na comunicação é um instante da existência do Outro. 

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