">
Na segunda-feira, 18/03, Tarcísio Valente Lima, aluno de mestrado da Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde - PPGICS, do Icict, defenderá a sua dissertação de mestrado intitulada "Os Modelos de Comunicação do Risco em Epidemias: a emergência da Zika no Facebook das autoridades de saúde brasileira e norte-americana".
Orientado por Josué Laguardia (PPGICS) e Luiza Silva, ambos do Icict, Tarcísio analisou "a comunicação do risco no ambiente online durante emergências de saúde pública, tendo como ponto de partida as mensagens divulgadas pelas autoridades de saúde. A amostra analisada incluiu 655 posts publicados nas páginas do Facebook do Ministério da Saúde e do Center for Disease Control and Prevention (CDC), de maio de 2015, quando dos primeiros casos da Zika no Brasil, a novembro de 2016, fim da emergência de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde."
Uma das conclusões de seu estudo, Tarcísio Lima afirma que "Embora destaque a comunicação participativa, o engajamento e a interação, a comunicação realizada ainda se aproxima dos modelos comunicacionais tradicionais, mantendo-se polarizada e com as autoridades apresentando-se como emissores das mensagens, embora já exista certa abertura e aproximações a modelos mais modernos de comunicação."
A defesa ocorrerá na segunda-feira, 18/03, às 10h, na sala 710, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, que fica na Av. Brasil, 4.036, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ).
Título: Os Modelos de Comunicação do Risco em Epidemias: a emergência da Zika no Facebook das autoridades de saúde brasileira e norte-americana
Aluno: Tarcísio Valente Lima
Orientador: Dr. Josué Larguadia (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Segunda Orientadora: Luiza Rosângela da Silva (ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares
Suplentes
Data: 18/03/2019 - Segunda-feira | Horário: 14h
Local: Sala 710, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz
Resumo:
Esta dissertação aborda a comunicação do risco no ambiente online durante emergências de saúde pública, tendo como ponto de partida as mensagens divulgadas pelas autoridades de saúde. A amostra analisada incluiu 655 posts publicados nas páginas do Facebook do Ministério da Saúde e do Center for Disease Control and Prevention (CDC), de maio de 2015, quando dos primeiros casos da Zika no Brasil, a novembro de 2016, fim da emergência de saúde pública pela Organização Mundial de Saúde.
Em termos metodológicos, optou-se por um método baseado na Teoria Fundamentada em Dados, em sua corrente construtivista, com a categorização dos dados analisados até a obtenção de um modelo geral que explicasse o fenômeno em questão em termos mais gerais.
Como resultados, observaram-se aproximações e distanciamentos entre a comunicação realizada pelas autoridades e os modelos teóricos existentes. Nota-se uma comunicação com o objetivo de ampliar a confiança, a credibilidade, o engajamento, a participação e a interação da população, descrevendo a situação, traçando planos para controle e prevenção dos riscos, divulgando mensagens relacionadas a este plano e avaliando seus resultados. Tal processo é retroalimentado a todo momento e sofre também influências externas que podem amplificar os riscos, bem como influências de tempo e localização geográfica. Embora destaque a comunicação participativa, o engajamento e a interação, a comunicação realizada ainda se aproxima dos modelos comunicacionais tradicionais, mantendo-se polarizada e com as autoridades apresentando-se como emissores das mensagens, embora já exista certa abertura e aproximações a modelos mais modernos de comunicação.
De forma mais geral, os modelos da “Communication for Behaviourial Impact” (COMBI) e do “Crisis and Emergency Risk Communication” (CERC) se adequam a este modelo de comunicação adotado, embora seus manuais ainda necessitem de maior detalhamento das ações a serem realizadas especificamente nas mídias sociais, tanto em termos de estratégia, fundamentação em relação ao tipo e conteúdo das mensagens, quanto da forma como agir e interagir durante o processo comunicacional. Também observou-se a necessidade de aprimoramento das ferramentas de avaliação dos dados de forma a retroalimentar o processo de forma mais eficiente.
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
Av. Brasil, 4.365 - Pavilhão Haity Moussatché - Manguinhos, Rio de Janeiro
CEP: 21040-900 | Tel.: (+55 21) 3865-3131 | Fax.: (+55 21) 2270-2668
Este site é regido pela Política de Acesso Aberto ao Conhecimento, que busca garantir à sociedade o acesso gratuito, público e aberto ao conteúdo integral de toda obra intelectual produzida pela Fiocruz.
O conteúdo deste portal pode ser utilizado para todos os fins não comerciais, respeitados e reservados os direitos morais dos autores.
Comentar