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Um dos mais importantes cientistas brasileiros, Carlos Chagas (1879-1934) é tema da exposição em cartaz no campus da Fiocruz em Manguinhos, no Rio de Janeiro. Esta nova montagem da mostra, dedicada à vida e à obra do médico e cientista, marca os 110 anos do anúncio da descoberta da doença de Chagas, comemorados em 2019. 

Com instalações que incluem fotografias do arquivo histórico da Fiocruz e vídeos, a exposição aborda os significativos trabalhos de Carlos Chagas nas áreas de pesquisa biológica e médico-sanitária, na saúde pública e na administração do Instituto Oswaldo Cruz. A exposição fica em cartaz até 30 de janeiro de 2020, com visitação gratuita de segunda a sexta, das 8h às 17, na Biblioteca de Manguinhos – Pavilhão Haity Moussatché  (Av. Brasil 4.365 – Manguinhos – RJ).

Durante a visita, é possível conhecer os principais responsáveis pela transmissão da doença de Chagas: com o microscópio, o público pode observar o Trypanosoma cruzi,  protozoário e agente causador da enfermidade, além de conferir de perto o barbeiro (Triatomainfestans), percevejo responsável pela transmissão.

Os visitantes também poderão assistir ao documentário ‘Cinematógrafo Brasileiro em Dresden’, de Eduardo Thielen e Stella Oswaldo Cruz Penido, e à animação ‘Ciência em Gotas - Carlos Chagas’, produções que abordam a doença de Chagas e a a trajetória do cientista. A exposição é realizada pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), com o apoio do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz).

Sobre Carlos Chagas

Formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, Carlos Chagas tornou-se pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz em 1908. Empenhado em conter a epidemia de doença que interrompera obras de ampliação da ferrovia da Central do Brasil, o cientista foi para a zona rural de Minas Gerais, na cidade Lassance. 

Ao examinar um inseto hematófago popularmente chamado de barbeiro, comum nas casas de pau-a-pique da população pobre no Brasil rural, Carlos Chagas identificou uma nova espécie de tripanossoma, que denominou Trypanosoma cruzi em homenagem a Oswaldo Cruz. 

Em 14 de abril de 1909, ao identificar o parasita no sangue de uma criança de Lassance, anunciou a descoberta da nova doença, causada por este protozoário e transmitida pelo barbeiro. Estima-se que existam aproximadamente 12 milhões de portadores da doença de Chagas nas Américas, e que haja no Brasil, atualmente, pelo menos um milhão de pessoas infectadas por T. cruzi, segundo o Ministério da Saúde. 

Dia Mundial da Doença de Chagas

Em maio de 2019, a  Assembleia Mundial da Saúde (AMS) instituiu o dia 14 de abril o Dia Mundial da Doença de Chagas. A data  foi incluida ao calendário mundial da saúde e tem o objetivo de marcar as ações de conscientização sobre a doença, dar visibilidade as chamadas doenças negligenciadas, em escala global, e promover o acesso universal como direito. 

O anúncio aconteceu durante a 72ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), no dia 24 de maio. O encontro anual reúne ministros da saúde dos estados-membros da OMS e representantes de instituições de destaque da saúde global para discutir temas como emergências de saúde e mudanças climáticas. 

Serviço
Exposição “Carlos Chagas”.
Local: Biblioteca de Manguinhos – Pavilhão Haity Moussatché – Campus Fiocruz (Av. Brasil 4.365 – Manguinhos – RJ) 
Visitação: de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h

Créditos

Fotos: Exposição Carlos Chagas | Montagem: Graça Portela (Ascom/Icict/Fiocruz)