Exposição sobre José Marmo na Biblioteca de Manguinhos é prorrogada até 10 de julho

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Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz
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31/05/2023


Marco Guimarães (à direita), curador da exposição | Foto: Raquel Portugal (Multimeios/Icict)

Ativista, educador, militante, amigo, irmão, companheiro, filho de Oxóssi. "Um tornado de ideias e ações", como bem definiu Sandra Rocha, vizinha e amiga de José Marmo (1954-2017). A abertura da exposição Marmo: reencontro com o ofá cuja voz ecoa foi marcada por muita emoção, lembranças e celebrações à vida do homem que foi figura-chave das lutas em prol da saúde da população negra do país.

O evento foi realizado em 30 de maio, no Salão de Leitura da Biblioteca de Manguinhos, e contou com intérpretes de Libras e transmissão ao vivo pelo canal da VideoSaúde no YouTube. Prevista para durar um mês, a exposição foi prorrogada e segue na Biblioteca até 10 de julho, com visitação aberta ao público de segunda a sexta, das 9h às 16h.   

▶️ Assista à abertura da exposição na íntegra

A mesa de abertura foi composta por Marco Guimarães, psicanalista, curador da exposição e esposo de José Marmo; Luís Eduardo Batista, assessor especial para Equidade Racial em Saúde do Ministério da Saúde; Flávia Paixão, da Coordenação de Equidade, Diversidade, Inclusão e Políticas Afirmativas (Cedipa/Fiocruz); Cristina Guilam, da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação (Vpeic/Fiocruz); e Mel Bonfim, vice-diretora de Ensino do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz).

Entre as homenagens e reverências à importância do ativista, Batista destacou os caminhos que foram abertos por Marmo para o processo de institucionalização da política nacional de saúde integral da população negra. "Ontem mesmo eu dizia, numa reunião do Ministério, que a cadeira que eu ocupo só faz sentido porque muitos prepararam aquela cadeira para que eu estivesse lá, neste momento, na assessoria do gabinete da ministra [Nísia Trindade Lima]. E Marmo é uma dessas pessoas", afirmou. 

Em seguida, a jornalista Marina Maria, do Icict/Fiocruz, mediou dois blocos com sessões de homenagens a José Marmo. Amiga de José Marmo, Marina - que integra o Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, também compartilhou com o público algumas memórias sobre o homenageado. Ela relembrou que a exposição teve sua primeira edição em março de 2020, mas teve teve que ser interrompida diante do surgimento da pandemia de Covid-19, naquele mesmo mês. "Pandemia essa que, com todas as dores e desigualdades evidentes no Brasil, escancarou a vulnerabilização de nós, negras, negres e negros, acometendo centenas milhares de vidas negras em todo o país", ressaltou a jornalista.