Gestão de pesquisa e campanhas de saúde são os temas das duas defesas de mestrado dia 27/6

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
,
22/06/2022

Na próxima segunda-feira, 27 de junho, serão realizadas as apresentações de duas defesas de mestrado de dois alunos do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS). 

A primeira defesa é do aluno Everson Justino Pereira, intitulada “A gestão da Pesquisa em Saúde: mapeamento preliminar das concepções da ciência a partir de artigos científicos publicados em dois periódicos nacionais”, cujo o objetivo é “construir um mapa analítico preliminar das concepções de ciência e pesquisa tecnocientífica presentes na análise e na proposição de modelos de gestão de projetos, presentes em grupos de pesquisa nacionais na área de saúde”. A apresentação de Everson Pereira será às 9h30.

À tarde, às 14 horas, será a vez de José Carlos Mendes Moreira Xavier, com a dissertação “Expressões Imagéticas da Deficiência nas Campanhas de Comunicação do Ministério da Saúde Entre os Anos de 2003 e 2016”, que traz a “análise dos cartazes encontrados e de seus signos, portanto, como olhar da comunicação visual e da fotografia”. 

Ambos os alunos foram orientados pela pesquisadora do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces) e professora do PPGICS, Márcia Teixeira. 

Veja abaixo os detalhes das defesas:

Defesas de Dissertação de Mestrado

Título: A gestão da Pesquisa em Saúde: mapeamento preliminar das concepções da ciência a partir de artigos científicos publicados em dois periódicos nacionais 

Aluno: Everson Justino Pereira  

Orientadora: Márcia de Oliveira Teixeira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca: 
Titulares 
Drª Maria Cristina Soares Guimarães - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ  
Dr. Thalles Haddad Novaes de Andrade - DCSo/UFSCar 

Suplentes
Drª Cícera Henrique da Silva - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ 
Drª Bianca Antunes Cortes - EPSJV/FIOCRUZ 

Data: 27/06/2022 - 2ª feira | Horário: 9h30 

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/83597808411?pwd=RVdrdXFtS3BLNTZ2SkdNelFJTnU4dz...

Senha: 835 9780 8411 

Resumo: A saúde pública é intensiva em conhecimentos tecnocientíficos, por conseguinte, em pesquisa científica, seja para o desenvolvimento de novos fármacos, imunobiológicos, terapias e testes diagnósticos, seja para a proposição de políticas públicas e novas formas de organização e ampliação do acesso à saúde das populações. 

Nas últimas décadas a pesquisa tecnocientífica em saúde tem sido caracterizada pela formação de grandes redes de pesquisa transnacionais e interinstitucionais, financiada por intermédio do consórcio de fundos públicos e privados, além da intensificação de instrumentação científica especializada, de grande porte e multiusuário. Também importante marca é a pressão para a aceleração da produção de resultados e sua transferência para o setor farmacoquímico, de equipamentos médicos e odontológicos e para os sistemas de saúde nacionais. Esta estratégia de pesquisa elevou os custos da atividade e implica no uso de ferramentas de gestão para coordenação do trabalho de grandes equipes. Dessa forma, um dos efeitos mais salientes é a busca por estratégias de gestão de projetos desenvolvidas inicialmente e amplamente empregadas pelos setores industrial e comercial. Este movimento redundou no desenvolvimento de pacotes de gestão de projetos de pesquisa tecnocientífica, transformando-a em temática de pesquisa, de publicações científicas e eventos acadêmicos. 

Consideramos, para os efeitos dessa pesquisa, que esses pacotes e a produção científica sobre o tema embutem concepções de tecnociências e da pesquisa tecnocientífica e de suas relações ideais com o mercado. Sendo assim, o objetivo desse estudo é construir um mapa analítico preliminar das concepções de ciência e pesquisa tecnocientífica presentes na análise e na proposição de modelos de gestão de projetos, presentes em grupos de pesquisa nacionais na área de saúde, presente em artigos científicos publicados em dois reconhecidos periódicos nacionais entre os anos de 2004 e 2021.   


Título: Expressões Imagéticas da Deficiência nas Campanhas de Comunicação do Ministério da Saúde Entre os Anos de 2003 e 2016

Aluno: José Carlos Mendes Moreira Xavier

Orientadora: Márcia de Oliveira Teixeira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Segunda Orientadora: Cristina Maria Rabelais Duarte (LIS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca: 
Titulares 
Dr. Wilson Couto Borges – (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)  
Drª Silvia de Oliveira Pereira – (PPGPST/UFRB) 

Suplentes 
Dr. Josué Laguardia – (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
Anakeila de Barros Stauffer – (EPSJV/FIOCRUZ) 

Data: 30/06/2022 - 5ª feira | Horário: 14h 

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/89116067993?pwd=SVNXY2ZGd3hPWC9qVndFUm1nMUJ4Zz...

Senha: 556292 

Resumo: O presente trabalho é uma análise de documentos imagéticos publicados pelo Ministério da Saúde do Brasil, entre os anos de 2003 e 2016, após a entrada em vigor da Portaria MS/GM nº 1.060/2002 que criou a Política Nacional de Saúde da Pessoa com Deficiência.  

A fim de entender o conceito de deficiência que informa os cartazes veiculados em campanhas nacionais de saúde e como o governo brasileiro o representa em sua comunicação, foram analisadas as imagens neles inscritas, especialmente à luz da Convenção da ONU sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.  

A partir do levantamento realizado, no entanto, chegou-se a um resultado negativo, não tendo sido encontrado, dentro do período inicialmente proposto, nenhum cartaz publicado pelo Ministério da Saúde sobre a deficiência que retratasse alguma campanha específica ou que sequer contivesse pessoas com deficiência. Desta forma, a título de se verificar a profundidade dessa ausência, aumentou-se o recorte de pesquisa, chegando-se a um resultado de cinco cartazes, embora nenhum fosse fruto de campanhas de saúde específicas sobre deficiência. 

A análise dos cartazes encontrados e de seus signos, portanto, como olhar da comunicação visual e da fotografia, foi capaz de demonstrar que a deficiência é ainda um tema pouco debatido e estudado, mesmo em um país com quase 20 milhões de pessoas nessa condição, o que reforça uma realidade social excludente, onde a pessoa com deficiência parece ser diferente das demais, anormal, invisível. 
 

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