Pesquisa vai mapear impactos da Covid-19 na prevenção e tratamento da hepatite C

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Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz

11/03/2022

Crédito da imagem: CTA - Centro de Testagem e Aconselhamento da Rodoviária - Realiza teste laboratorial de hepatite B, hepatite C, HIV, e sífilis | Rodrigo Nunes | Ministério da Saúde

Uma pesquisa está mapeando como a pandemia de Covid-19 influenciou no cuidado, tratamento e prevenção da hepatite C (HCV) no Brasil. Profissionais e gestores de saúde que atuam em serviços e programas de hepatites virais podem colaborar preenchendo um questionário online, com perguntas sobre o trabalho com HCV antes e durante o período. Responder à pesquisa demora cerca de 15 minutos, e a participação é anônima. Acesse aqui o questionário (https://bit.ly/QuestionárioHepatite).

O levantamento é parte de um estudo mais amplo, elaborado por Francisco Inácio Bastos, do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), e pesquisadores da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (Eaesp/FGV) e da London School of Economics.

Segundo uma das autoras, Carolina Coutinho, até 2019 o país estava com tendência de queda nos principais indicadores. Em 2020, com a chegada da pandemia, houve uma queda de 50% na dispensação de medicamentos para o combate à HCV, o que pode impactar nos índices a longo prazo:

“O objetivo inicial da pesquisa era avaliar de forma geral como estava o programa brasileiro de combate à hepatite, mas com a chegada da Covid-19 o cenário foi muito afetado e vimos a necessidade de analisar mais especificamente esse período e como ele pode impactar também o longo prazo."

Por isso, ressalta a pesquisadora, a importância da participação de agentes e profissionais que estão em contato direto com as ações e políticas voltadas ao combate da HCV. O questionário online foi feito em parceria com a Coalizão para Eliminação Global de Hepatites.

A Hepatite C é uma doença infecciosa viral transmitida pelo sangue, e sua notificação é obrigatória no Brasil. O estudo utilizou dados disponíveis no Ministério da Saúde a partir das informações geradas nos serviços de saúde.