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Editores científicos e autores da Revista de Saúde Pública estiveram reunidos ontem, primeiro de junho, na Escola de Enfermagem da UFMG, para o lançamento do suplemento temático “Doenças crônicas não transmissíveis e inquéritos populacionais”. A mesa de abertura foi composta pela representante do Ministério da Saúde, Cheila Marina Lima; diretora da Escola de Enfermagem da UFMG, professora Eliane Marina Palhares Guimarães; coordenadora do evento, professora Deborah Carvalho Malta; diretor da Faculdade de Medicina da UFMG, professor Tarcizo Afonso Nunes; e pelo representante da diretora da Fiocruz Minas, professor Sérgio William Viana Peixoto.
A conferência de abertura foi ministrada pelos editores científicos da RSP, Euclides Ayres de Castilho e Moises Goldbaun que abordaram os inquéritos de base populacional e vigilância de doenças crônicas não transmissíveis. O evento contou, ainda, com painel sobre os inquéritos nacionais PNS e VIGITEL, mesa-redonda e debate.
O professor Euclides Ayres de Castilho, a professora Célia Landman Szwarcwald, do Icict/Fiocruz, que coordenadou a conferência, e o professor Moises Goldbaun. Foto: Ascom - ENF/UFMG
O suplemento temático da Revista de Saúde Pública, referente aos inquéritos Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) e ao Vigitel (Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), reúne artigos de pesquisadores de várias regiões do Brasil. Eles apresentaram resultados inéditos sobre depressão e comportamento de saúde em adultos brasileiros, fatores associados ao diabetes; prevalência e fatores associados com hipertensão arterial; fatores associados à dor crônica na coluna; detecção precoce do câncer de mama no Brasil; influência familiar no consumo de bebidas açucaradas em crianças menores de dois anos; entre outros. De acordo com informações do suplemento, as doenças crônicas não transmissíveis atualmente são consideradas um sério problema de saúde pública que tem gerado elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida, com alto grau de limitação e incapacidade, além de serem responsáveis por grandes impactos econômicos para sociedade.
A organizadora do evento, professora Deborah Malta, da Escola de Enfermagem, explicou que as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis por 75% dos óbitos do Brasil. Segundo ela, 45% da população brasileira refere ter algum tipo de doença crônica. “Esse é um problema real e os serviços tem que se organizar para atender esse conjunto de pessoas. A revista traz artigos muito interessantes que vão ser referência por muito tempo”, destacou.
A consultora técnica da área de Vigilância de doenças e acidentes (VIVA/SVS) do Ministério da Saúde, Cheila Lima, reforçou a importância do suplemento temático. “Essa iniciativa é muito importante, uma vez que dissemina informações para os especialistas e os profissionais de saúde, bem como para a comunidade científica e a população brasileira. Assim, é possível reordenar intervenções na área de vigilância, prevenção e promoção da saúde pra população”, ressalta a consultora.
A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) foi executada pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde em 2013. Foram coletadas informações em mais de 64 mil domicílios, com o objetivo de produzir dados sobre a situação e atenção à saúde da população brasileira. Já o inquérito Vigilância dos Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), implantado desde 2006, utiliza-se de entrevistas telefônicas para ampliar o conhecimento do perfil epidemiológico da população brasileira.
Os dados do artigo "Desigualdades na esperança de vida saudável por Unidades da Federação" foram apresentados pela pesquisadora do Lis Dalia Romero (foto), coautora do estudo. Para essa análise, foram utilizados vários indicadores de vida saudável, como a autoavaliação em saúde, diagnóstico de doença crônica sem ocorrência de limitações à vida diária e um questionário com perguntas sobre locomoção, visão, audição e outros itens que informam uma dimensão de saúde para criar um indicador do que é saudável.
Confira abaixo as apresentações dos autores:
Acesso e uso de serviços de saúde pública pela população brasileira
Influência familiar no consumo de bebidas açucaradas em crianças menores de dois anos
Efeito da inclusão de entrevistas por telefone celular ao Vigitel
Fatores associados ao diabetes autorreferido
Desigualdades na esperança de vida saudável por unidades da Federação
Depressão e comportamentos de saúde em adultos brasileiros
Detecção precoce do câncer de mama no Brasil
Prevalência e fatores associados com hipertensão arterial autorreferida em adultos brasileiros
Prevalência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho autorreferidos e fatores associados
Cuidado informal e remunerado aos idosos no Brasil
(Com Assessorias de Comunicação da Escola de Enfermagem e da Faculdade de Medicina da UFMG).
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