PPGICS: Defesa aborda conhecimentos na fronteira entre Ciência e Sociedade

por
Assessoria de Comunicação do Icict
,
23/09/2022

O Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Informação e Comunicação em Saúde – PPGICS, do Icict, realiza no dia 26 de setembro (segunda-feira), a defesa de dissertação de Doutorado de Ana Carolina de Souza Gonzalez, intitulada “Museus que aprendem? A itinerância e a coprodução de conhecimentos na fronteira entre Ciência e Sociedade”. A orientadora é Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ). A defesa será realizada no Campus Fiocruz Maré, na sala 402, às 9 horas.

Defesa de Dissertação de Doutorado 

Título: Museus que aprendem? A itinerância e a coprodução de conhecimentos na fronteira entre Ciência e Sociedade. 

Aluna: Ana Carolina de Souza Gonzalez

Orientadora: Maria Cristina Soares Guimarães (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 

Banca:

Titulares: 

  • Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Junior (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
  • Dr. Ricardo Antunes Dantas de Oliveira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
  • Dr.ª Ana Sofia Cavadas Afonso (CIED/UMINHO) 
  • Dr.ª Luciana Conrado Martins (PPGAPM/CMRV/UFPI) 

Suplentes: 

  • Dr. Rodrigo Murtinho de Martinez Torres (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) 
  • Dr. Rodrigo Arantes Reis (PPGDTS/PPGECM/UFPR) 

Data: 26/09/2022 

Horário: 09h 

Local: Sala 402 – Prédio Sede Campus Maré 

Resumo: As práticas itinerantes desenvolvidas por museus e centros de ciência urgem por uma agenda de pesquisa que coloque a itinerância como o fenômeno central a ser estudado, com referenciais próprios, capazes de iluminar, principalmente, as inúmeras oportunidades de coprodução de conhecimento que surgem ao longo do ir e vir, dos encontros com territórios tão diversos e das experiencias vividas com os públicos e dentro da própria equipe. As aprendizagens organizacionais decorrentes desses deslocamentos são centrais para ampliar e fortalecer a interação entre ciência e sociedade, promovendo maior engajamento público com a ciência, em um caminho para a busca de equidade e justiça social. Usando como estudo de caso o museu itinerante Ciência Móvel – Arte e Ciência sobre Rodas (Museu da Vida/Casa de Oswaldo Cruz/Fundação Oswaldo Cruz), inspirado em referenciais teóricos dos estudos sociais da ciência e tecnologia e apoiando-se em diferentes perspectivas metodológicas (pesquisa documental, análises de bancos de dados do Museu da Vida e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e, principalmente, conversas de pesquisa com profissionais de diferentes perfis envolvidos no trabalho do Ciência Móvel), buscou-se desvelar os múltiplos espaços de coprodução de conhecimento que se dão nas fronteiras que constituem o processo da itinerância, desde sua concepção até sua concretização nos territórios.  De uma perspectiva institucional interna, que considera a criação, institucionalização e consolidação do trabalho do Ciência Móvel, às interfaces externas que englobam as relações tecidas nos/com os municípios onde as ações acontecem e com outros parceiros, foram descritos diversos contextos em que o cruzamento de fronteiras propiciou espaços potentes para coprodução de conhecimentos. Foi possível ainda identificar as diferentes esferas que compõem o trabalho de um museu itinerante (gestão das viagens, formação, pesquisa, inovação, educação, comunicação institucional, cultura, relações intra e interinstitucionais, registro e memória,  além de perspectivas transversais de avaliação, e equidade, acessibilidade e inclusão) e as dimensões a partir das quais as aprendizagens organizacionais podem acontecer (documental, estrutural, procedimental, conceitual, política, subjetiva/afetiva e profissional). Os resultados apontaram que, ao longo da existência do Ciência Móvel, tais aprendizagens, na maior parte dos casos, nasceram a partir da empiria das vivências e foram impulsionadas pelos tensionamentos, disputas, enfrentamentos institucionais, experiências problemáticas e questionamentos dentro da própria equipe.  Apesar das “dores” inerente ao itinerar, a tese permitiu explicitar as “delícias” do pensar e do fazer da itinerância, testemunhando o potencial dessa constante hibridização com o outro para promover diferentes e novas iniciativas de interação entre ciência e sociedade, se colocando, assim, como uma importante oportunidade para o aprimoramento das ações de divulgação científica enquanto compromisso institucional. 

 

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