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O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde – PPGICS realiza na sexta-feira, 27/04, as defesas de mestrado dos alunos Flavia Marques de Castro e José Eduardo Soares Saraiva.
A primeira, às 9h30, é “O alimento ‘Bom, Limpo e Justo’: saúde no discurso do movimento Slow Food no Brasil”, de Flavia Marques de Castro, orientada por Katia Lerner, pesquisadora do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces), que tem por objetivo geral “investigar a produção social de sentidos sobre saúde nos discursos do Movimento Slow Food”.
A autora conclui que “nota-se o discurso sobre saúde fortemente presente no movimento, marcada por diferentes noções de risco que aparecem em uma dinâmica concorrencial ora centralizadas, ora periféricas”.
Na parte da tarde, é a vez de José Eduardo Saraiva, com a dissertação “Minha Filha, Minhas Regras: análise dos sentidos em um grupo online sobre a incorporação da vacina contra o HPV no Brasil”, que analisa a atuação do grupo “Sou contra a vacina do HPV”, que atua no Facebook, abrangendo o período “de março de 2014 a meados de 2015, frente ao modelo comunicacional da campanha do governo federal” incentivando à vacinação.
Segundo o autor, o grupo “alega que suas filhas sofreram efeitos colaterais após serem imunizadas, entre outras motivações contrárias à vacina expostas no grupo, os pais e demais responsáveis das meninas postam fotos, vídeos e enunciados que reforçam o discurso contrário à vacinação e alertar sobre o ‘risco’ da ação proposta pelo Ministério da Saúde.
Leia abaixo os resumos das dissertações de mestrado:
Título: O Alimento “Bom, Limpo e Justo”: saúde no discurso do movimento Slow Food no Brasil
Aluna: Flavia Marques de Castro
Orientadora: Katia Lerner (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares:
Suplentes:
Data: 27/04/2018, sexta-feira
Horário: 9h30min
Local: Sala 215 do Prédio da Expansão
Resumo: A compreensão da alimentação como um processo sócio culturalmente determinado direcionou a escolha de práticas que buscam trazer novos significados ao consumo alimentar e sua associação com questões sobre saúde como objeto de investigação desse estudo. O Movimento Slow Food, organização social sem fins lucrativos, surge no fim da década de 80 na Itália chegando ao Brasil em 2000, com a proposta de promover práticas alimentares que considerem as informações sobre as origens do alimento baseado em três principais valores: o alimento bom, associado ao sabor e culturalmente referenciado, limpo, sem contaminantes para o ser humano e meio ambiente e justo, com custo adequado ao produtor e ao consumidor.
Essa dissertação tem como objetivo geral investigar a produção social de sentidos sobre saúde nos discursos do Movimento Slow Food e tem como objetivos específicos para essa compreensão: a identificação de lógicas, dos atores e das práticas desenvolvidas pelo movimento, a identificação dos discursos e comunidades discursivas em saúdes e como se dá a lógica do risco nas práticas propostas pelo SF. Para análise, recorreu-se ao suporte teórico- metodológico de elementos da semiologia dos discursos sociais, pela qual há o entendimento dos fenômenos da comunicação como fenômenos de produção de sentido.
Como conclusão destaca-se uma lógica de atuação pautada pelo movimento internacional, porém com a adaptação à realidade local. Nota-se o discurso sobre saúde fortemente presente no movimento, marcada por diferentes noções de risco que aparecem em uma dinâmica concorrencial ora centralizadas, ora periféricas.
Título: Minha Filha, Minhas Regras: análise dos sentidos em um grupo online sobre a incorporação da vacina contra o HPV no Brasil
Aluno: José Eduardo Soares Saraiva
Orientadora: Márcia de Oliveira Teixeira (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares
Suplentes:
Data: 27/04/2018, sexta-feira
Horário: 13h
Local: Sala 213 do Prédio da Expansão
Resumo: Formado por quase cinco mil membros até 2016, o grupo “Sou contra a vacina do HPV” surge no Facebook para disputar os sentidos com a Campanha de vacinação contra o Papilomavírus Humano que atua sobre a prevenção do câncer do colo de útero. Alegando que suas filhas sofreram efeitos colaterais após serem imunizadas, entre outras motivações contrárias à vacina expostas no grupo, os pais e demais responsáveis das meninas postam fotos, vídeos e enunciados que reforçam o discurso contrário à vacinação e alertar sobre o “risco” da ação proposta pelo Ministério da Saúde.
Este estudo se baseia em autores do campo da comunicação e saúde, análise de redes sociais, sociologia, filosofia, análise de conteúdo, etnografia virtual, netnografia, saúde, entre outros domínios interdisciplinares. Tendo como referência esses campos do saber, a produção discursiva do grupo antivacina HPV, situado na rede social Facebook, será colocada sob análise frente ao modelo comunicacional da campanha do governo no período entre março de 2014 e meados de 2015.
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