PPGICS: Duas defesas de dissertações no dia 24/04

por
Graça Portela
,
17/04/2018

Duas defesas de dissertação de mestrado, do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde - PPGICS, acontecem no próximo dia 24 de abril. A primeira, às 9 horas, é a de Fábio Rodrigues Lamin, intitulada "Análise da Variação do Cuidado Prestado a Agravos do Sistema Cardiovascular nas Regiões de Saúde Brasileiras". 

Orientada por Josué Laguardia, pesquisador do Laboratório de Informação em Saúde (LIS)/Icict e professor do PPGICS, a dissertação faz a "análise das regiões de saúde e a percepção da variação injustificada, que demonstra uma sobreutilização ou subutilização do sistema, acarretando um desperdício ou dificuldade de acesso pelos cidadãos, respectivamente". Para isso, utiliza dados disponíveis para acesso público no DATASUS, IBGE e PROADESS.

Uma das conclusões achadas por Lamin é que "grande parte das regiões de saúde não realizam esses procedimentos, tendo seus cidadãos que realizar os procedimentos em outra região de saúde, percorrendo por vezes distâncias que chegam a 4 mil quilômetros". 

Às 14h, será a vez de Alan de Jesus Pereira defender a sua dissertação "Boletim Epidemiológico e Jornalístico: informação e comunicação na divulgação da Aids", que foi feita sob a orientação de Wilson Couto Borges, professor do PPGICS, e pesquisador do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces)/Icict.

Pereira investigou "o processo de influência dos Boletins Epidemiológicos (B.E) de HIV/AIDS produzidos pelo Ministério da Saúde (MS), na cobertura jornalística sobre essa síndrome, como um sistema que contribui para divulgação de informações sobre ela". Foram analisados 27 textos jornalísticos sobre o HIV/AIDS veiculados no jornal O Liberal em abril de 1987 (mês de criação do primeiro B.E) e constatou que "o documento do MS não apareceu em nenhuma matéria. Identificamos, ainda, que não há hoje nenhum material impresso ou digital do primeiro boletim epidemiológico no Ministério da Saúde". 

As defesas serão realizadas na sala 215, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, que fica na Av. Brasil, 4.036, Manguinhos, Rio de Janeiro (RJ).

Defesas de Dissertação de Mestrado

Título: Análise da Variação do Cuidado Prestado a Agravos do Sistema Cardiovascular nas Regiões de Saúde Brasileiras

Aluno: Fábio Rodrigues Lamin

Orientador: Josué Laguardia - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ

Banca:

Titulares

  • Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Júnior- PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
  • Drª. Mônica Silva Martins- ENSP/FIOCRUZ

Suplentes:

  • Dr. José Carvalho de Noronha - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
  • Dr. Ricardo Antunes Dantas Oliveira- ICICT/FIOCRUZ

Data: 24/04/2018

Horário: 9h

Local: Sala 215, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz

Resumo: A variação regional possibilita a análise das regiões de saúde e a percepção da variação injustificada, que demonstra uma sobreutilização ou subutilização do sistema, acarretando um desperdício ou dificuldade de acesso pelos cidadãos, respectivamente. 

Características socioeconômicas e demográficas, como IDH, cobertura de saúde suplementar e densidade demográfica; estruturais, como médicos cardiologistas, leitos e unidades hospitalares; e geográficas, como distância percorrida para realização do procedimento e o fato do procedimento ser realizado fora ou dentro da região, auxiliaram nas análises das regiões de saúde. Foram geradas tabelas, gráficos e mapas para melhor elucidar as informações dos sistemas oficiais de informação, disponíveis para acesso público no DATASUS, IBGE e PROADESS. 

Concluiu-se que as regiões de saúde, mesmo sendo constituídas com o intuito de organizar o território e prover serviços e equipamentos dantes impossíveis para alguns municípios isoladamente, não estão conseguindo cumprir o papel na atenção cirúrgica às doenças cardiovasculares. Foi observada uma significativa variação regional, com algumas regiões realizando quase 50 vezes mais angioplastias que outras e cerca de 30 vezes mais revascularizações do miocárdio. 

Grande parte das regiões de saúde não realizam esses procedimentos, tendo seus cidadãos que realizar os procedimentos em outra região de saúde, percorrendo por vezes distâncias que chegam a 4 mil quilômetros. Desta forma, a análise da variação regional auxilia a detectar a necessidade de investimentos estruturais e de fixação de profissionais nas diversas regiões de saúde que não possuem capacidade de suprir as necessidades de seus cidadãos adscritos.

 

Título: Boletim Epidemiológico e Jornalístico: informação e comunicação na divulgação da Aids

Aluno: Alan de Jesus Pereira

Orientador: Wilson Couto Borges (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)

Banca:

Titulares

  • Dr. Igor Sacramento Pinto- PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
  • Drª Raquel Aguiar Cordeiro- IOC/FIOCRUZ

Suplentes:

  • Drª. Katia Lerner - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
  • Drª Ana Claudia Condeixa de Araújo- IOC/FIOCRUZ

Data: 24/04/2018 – 3ª feira

Horário: 14h

Local: Sala 215, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz

Resumo: Esta dissertação buscou investigar o processo de influência dos Boletins Epidemiológicos (B.E) de HIV/AIDS produzidos pelo Ministério da Saúde (MS), na cobertura jornalística sobre essa síndrome, como um sistema que contribui para divulgação de informações sobre ela. 

Trata-se de um estudo que buscou identificar quais os núcleos de sentidos construídos para a síndrome, em abril de 1987, pelo jornal O Liberal, de Belém (PA), identificando as possíveis influências do primeiro B.E nesse contexto. 

Nosso referencial teórico é formado principalmente pelo conceito de Campo, proposto na obra de Bourdieu, e campo da Comunicação e Saúde, a partir da leitura que Araujo e Cardoso fazem desse autor. 

Adotamos como metodologia a Análise de Conteúdo, proposta por Bardin, e entrevista semi-estruturada com o diretor-substituto da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis do HIV/AIDS e das Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Gerson Pereira. 

A pesquisa coletou 27 textos jornalísticos sobre o HIV/AIDS veiculados no jornal O Liberal em abril de 1987 (mês de criação do primeiro B.E) e constatou que o documento do MS não apareceu em nenhuma matéria. Identificamos, ainda, que não há hoje nenhum material impresso ou digital do primeiro boletim epidemiológico no Ministério da Saúde. A partir disso, inferimos que o documento não chegou à imprensa local e que, se foi produzido, possivelmente só foi veiculado ou divulgado na região sudeste.
 

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CEP: 21040-900 | Tel.: (+55 21) 3865-3131 | Fax.: (+55 21) 2270-2668

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