PPGICS: “Midiatização e práxis jornalística” é tema de defesa de doutorado

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
,
16/07/2024

Arte: Vera Fernandes (Ascom/Icict/Fiocruz)

O aluno Marcio Martins Calil, do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), do Icict, defenderá a sua tese de doutorado na sexta-feira, 19 de julho, às 9 horas, intitulada: “Abrem-se os portões para a midiatização: as reconfigurações da práxis jornalística e a disputa enunciativa nas redes sociais no contexto da semana do início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil”.

Orientado por Kátia Lerner (PPGICS/Icict), tendo como segundo orientador Fábio Castro Gouveia (PPGDC/COC), Calil, em sua pesquisa teve como objetivo geral “investigar as reconfigurações da práxis jornalística que vêm ocorrendo nas redações e os possíveis impactos nesse tradicional papel enunciativo do jornalismo na saúde.”

Realizando várias entrevistas com jornalistas que atuaram em redações durante a pandemia de covid-19, assim como a análise das redes sociais, Calil concluiu que o “jornalismo ainda é um importante ator no debate público digital”.

Saiba mais detalhes sobre a defesa abaixo:

Defesa de Tese de Doutorado

Título: Abrem-se os portões para a midiatização: as reconfigurações da práxis jornalística e a disputa enunciativa nas redes sociais no contexto da semana do início da vacinação contra a Covid-19 no Brasil

Aluno: Márcio Martins Calil

Orientadora: Kátia Lerner (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)

Segundo Orientador: Fábio Castro Gouveia (PPGDC/COC/FIOCRUZ)
 
Banca:
Titulares
•    Drª Janine Miranda Cardoso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
•    Drª Pâmela Araújo Pinto (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ),
•    Dr. Fábio Luiz Malini de Lima (PPGEL/UFES)
•    Dr. António Martins dos Santos (ICS/UMINHO)
 
Suplentes:
•    Drª Daniela Muzi (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
•    Dr. Gabriel Herkenhoff Coelho Moura (PPGSC/UFES)
 

Data: 19/07/2024 – 6ª feira | Horário: 9h

Local: sala 410 (Prédio Sede do Campus Maré) 
 
Resumo: Esta tese parte da constatação de dois fenômenos importantes: o primeiro, refere-se ao advento da pandemia de Covid-19, que impactou de modo significativo as esferas sanitária, política, social, econômica e comunicacional do mundo em geral e, em particular, do Brasil. 

O segundo fenômeno está relacionado ao processo de reconfiguração da práxis jornalística e o papel do jornalismo na enunciação da verdade no campo da saúde, diante de novos atores que agora são produtores, circuladores e consumidores de notícias nas plataformas sociais digitais, no contexto da sociedade contemporânea midiatizada. 

Neste novo cenário, vários desafios emergiram, tanto aqueles relacionados à saúde (como os modos de enfrentamento ao vírus e movimentos negacionistas vacinais), quanto os do âmbito da comunicação, diante do fenômeno da infodemia e da ampla circulação de desinformação sobre a Covid-19 no Brasil. Tendo como referência esse conjunto de questões, esta pesquisa teve como objetivo geral investigar as reconfigurações da práxis jornalística que vêm ocorrendo nas redações e os possíveis impactos nesse tradicional papel enunciativo do jornalismo na saúde. 

Como objetivos específicos, buscamos investigar os processos de reconfigurações concretas nas práticas profissionais de produção da notícia a partir das novas dinâmicas do cenário comunicacional contemporâneo, identificando as transformações no ambiente redacional jornalístico na era digital e suas consequências na estrutura e nas rotinas produtivas. Em seguida, nos dedicamos a mapear e analisar as dinâmicas de inter-relação entre usuários e conteúdos sobre vacina produzidos e circulados no Twitter pelos atores da esfera jornalística e pelos demais atores digitais, buscando compreender as conexões e o papel do jornalismo como protagonista (ou não) no debate público na rede social digital online. Para atingir esses objetivos, entrevistamos jornalistas que atuaram em redações durante a pandemia, e, por meio de estatísticas e métricas da análise de redes sociais (ARS), analisamos o papel de atores da esfera jornalística em um importante debate público digital online que aconteceu no Twitter na primeira semana de vacinação contra a Covid-19 no país. 

Para compreender a dimensão dessa disputa do poder simbólico enunciativo e de disseminação de conteúdo no atual ecossistema midiático de circulação e consumo das notícias, contextualizamos as transformações históricas nos processos de produção da notícia na redação jornalística, perpassando cenários comunicacionais em tempos de verdade, pós-verdade, desinformação, aliadas a discussões teóricas sobre a Midiatização e uma perspectiva dialógica entre os conceitos de Mercado Simbólico e do Gatekeeping. 

Resultados: As entrevistas revelaram que o jornalismo se reconfigura na sua práxis e culturalmente para se adequar à sociedade contemporânea midiatizada, e tem como desafio ajustar os processos de produção da notícia às demandas tempo-espaciais da circulação online das plataformas de redes sociais, sem que, com isso, perca a qualidade da informação. A análise de redes sociais (ARS) mostrou que o jornalismo ainda é um importante ator no debate público digital, pois se colocou em posição de relevância em todas as estatísticas e métricas propostas para análise no corpus da rede do Twitter, com destaque para a estatística de compartilhamento de URLs.

 

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