Uso abusivo de álcool no trânsito é tema de defesa de doutorado no dia 05/05

por
Assessoria de Comunicação do Icict Fiocruz
,
28/04/2022

O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS) convida para a sessão de defesa de trabalhos realizados por estudantes em finalização de seus cursos de mestrado e doutorado, abordando diferentes temas e linhas de pesquisa. 

Abrindo a primeira sessão, o aluno do doutorado Lucas Sisinno Ribeiro apresentará o seu trabalho de pesquisa intitulado “O consumo nocivo de álcool no Brasil: análises transversais de duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019”, que teve como orientadoras Célia Landmann Szwarcwald (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) e Gisele Nogueira Damacena (ICICT/FIOCRUZ). 

Devido às restrições impostas pelo período de pandemia da Covid-19, as defesas são realizadas à distância, por meio da plataforma Zoom e são abertas à ouvintes interessados. 

A defesa será na quinta-feira, 05 de maio, pela manhã, às 9h. Veja abaixo mais detalhes. 

Defesa de Tese de Doutorado

Título: O consumo nocivo de álcool no Brasil: análises transversais de duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019

Aluno: Lucas Sisinno Ribeiro

Orientadoras: Célia Landmann Szwarcwald (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ) e Gisele Nogueira Damacena (ICICT/FIOCRUZ)

Banca
Titulares:
Dr. Paulo Roberto Borges de Souza Júnior - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Dr. Cristiano Siqueira Boccolini - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Drª Deborah de Carvalho Malta - PPGSP/UFMG
Drª Raquel Brandini de Boni - PPGESP/ENSP/FIOCRUZ

Suplentes:
Drª Dália Elena Romero Montilla - PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Drª Silvana Granado Nogueira da Gama - PPGESP/ENSP/FIOCRUZ

Data: 05/05/2022 - Quinta-feira | Horário: 9h

Sala Virtual: https://us06web.zoom.us/j/89378373503?pwd=dktrU0M4UXRWbmROSm4yOWdnelFjZz09 | Senha: 538627

Resumo: O álcool pode ser considerado uma substância que propicia a integração entre os indivíduos por possuir características facilitadoras das interações sociais. Porém, apesar de estar atrelado a festividades e celebrações, o consumo nocivo dessa substância pode estar associado a diversos agravos de saúde e até à morte. O beber pesado e o beber e dirigir se configuram como dois hábitos nocivos à saúde que são monitorados em âmbito nacional para prover subsídios às políticas públicas no enfrentamento dos problemas de saúde provocados pelo uso do álcool. 

A presente tese tem o objetivo de analisar o hábito de beber pesado e o comportamento de beber e dirigir, investigando suas características sociodemográficas e os fatores associados a esses hábitos. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados de duas edições da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizadas em 2013 e 2019, e dados da Secretaria Nacional de Trânsito (SENATRAN). Foi possível verificar que 6,1% (IC95% 5,8 – 6,4%) dos brasileiros tinham o hábito de beber pesado em 2013 e 7,3% (IC95% 6,9 – 7,6%) em 2019. 

Nas duas edições da PNS observou-se um gradiente de diminuição do beber pesado durante a vida, com as maiores prevalências entre os adultos jovens, entre os homens, com baixo nível de escolaridade, entre os solteiros e residentes da área urbana. Os dados também mostraram que a prevalência do hábito de beber e dirigir foi maior entre os homens em 2013 (27,4%; IC95% 25,6 – 29,3%) e 2019 (20,5%; IC95% 19,4 – 21,7%) do que entre as mulheres (11,9%; IC95% 9,9 – 14,2% e 7,2%; IC95% 6,7 – 9,0%, respectivamente) e que estimativas significativamente mais altas foram apresentadas por pessoas de 30 a 39 anos, que vivem sem companheiro(a), residentes em áreas rurais, condutores de motocicleta. Maiores prevalências de beber e dirigir foram encontradas entre homens que possuem maior rendimento. 

Entre 2013 e 2019, foi observado um decréscimo significativo no beber e dirigir em todas as Unidades da Federação (UF), exceto no Tocantins. As análises também mostraram baixas aplicações de infrações em partes da região Norte e no Nordeste, no ano de 2019. Os resultados encontrados nessa tese expõem a necessidade de maiores intervenções para combater o consumo nocivo de álcool, adotando estratégia para diminuir o beber pesado e beber e dirigir nos subgrupos populacionais mais vulneráveis.

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