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“Deu Zika no Fantástico: risco, vítima virtual e modos de endereçamento durante as emergências da epidemia no show da vida”, da aluna de mestrado Paula Fiorito de Campos Ferreira, traz a análise de “como o Fantástico, programa telejornalístico da Rede Globo, apresentou os riscos de zika e microcefalia para a sua audiência, desde a descoberta da doença no Nordeste”.
Orientada por Janine Cardoso, professora do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde – PPGICS e pesquisadora do Laboratório de Comunicação e Saúde (Laces), ambos do Icict, Paula Fiorito fez o levantamento a partir das matérias veiculadas entre abril de 2015 e abril de 2018.
Uma de suas conclusões é o “o enfoque de ‘guerra’ contra o mosquito e a responsabilização individual em primeiro plano, em detrimento ao papel do Estado na questão”.
Um destaque em sua defesa é que Paula Fiorito também analisou o enfoque dado ao papel da mulher durante a epidemia, na ótica do programa jornalístico Fantástico. Segundo ela, “a mulher, assim como é comum na sociedade brasileira, encontrou-se sozinha, tanto para tomar medidas de proteção contra a infecção quanto para cuidar de bebês que nasceram com microcefalia, e que a forma como as matérias foram produzidas não questiona isso. Pelo contrário, legitima essa condição”.
A defesa será realizada na manhã de segunda-feira, 23/09, às 9h, na sala 410, do Prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, que fica na Av. Brasil, 4.036, em Manguinhos, no Rio de Janeiro (RJ).
Título: Deu Zika no Fantástico: risco, vítima virtual e modos de endereçamento durante as emergências da epidemia no show da vida
Aluna: Paula Fiorito de Campos Ferreira
Orientadora: Drª Janine Miranda Cardoso (PPGICS/ICICT/FIOCRUZ)
Banca:
Titulares
Suplentes:
Data: 23/09/2019 – Segunda-feira
Horário: 9h
Local: Sala 410 do Prédio da Expansão
Resumo: Este trabalho busca compreender como o Fantástico, programa telejornalístico da Rede Globo, apresentou os riscos de zika e microcefalia para a sua audiência, desde a descoberta da doença no Nordeste, passando por uma epidemia nacional até a emergência internacional, sob a ótica dos conceitos de risco e vítima virtual, utilizando os principais operadores de modos de endereçamento. As matérias veiculadas em quatro anos, entre abril de 2015 e abril de 2018, respondem pelo nosso corpus ampliado e as reportagens exibidas durante as epidemias formam o corpus reduzido.
Elaboramos um breve histórico do telejornalismo, da Rede Globo e do Fantástico, buscando compreender mais sobre como o programa se desenvolveu desde sua criação até o presente formato. Observamos e analisamos o destaque dado aos cientistas e às mulheres grávidas, grandes protagonistas das reportagens sobre zika, assim como o mosquito Aedes aegypti, cada um desempenhou diferentes papéis no discurso narrativo do programa. Outra análise realizada foi o enfoque de "guerra" contra o mosquito e a responsabilização individual em primeiro plano, em detrimento ao papel do Estado na questão.
Concluímos que a mulher, assim como é comum na sociedade brasileira, encontrou-se sozinha, tanto para tomar medidas de proteção contra a infecção quanto para cuidar de bebês que nasceram com microcefalia, e que a forma como as matérias foram produzidas não questiona isso. Pelo contrário, legitima essa condição.
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz)
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