Brasil vai instalar banco de leite humano em Moçambique

por
Cristiane d'Ávila
,
12/11/2010

O governo brasileiro irá implantar em Moçambique o projeto de bancos de leite humano, com o bjetivo de promover o aleitamentomaterno nos casos em que a própria mãe não pode alimentar o recém-nascido. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em Maputo, na terça-feira (9/11), o acordo, que prevê investimento de R$ 519 mil para montar o banco. A assinatura do acordo ganhou ampla repercussão na imprensa do Brasil e de Moçambique.

Iniciativa da Fiocruz, a experiência brasileira na redução da mortalidade infantil e neonatal por meio da estratégia dos bancos de leite humano é modelo internacional, aplicado em mais de 20 países da América Latina, Europa e África. Pioneira na área, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RedeBLH) concentra hoje 200 unidades em todo o país. Somente em 2010, mais de 86 mil litros de leite humano disponibilizados por aproximadamente 105 mil doadoras alimentaram mais de 100 mil bebês recém-nascidos, internados em unidades neonatais.

O interesse global pelo tema ganhou força em 2001, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a RedeBLH como a ação que mais contribuiu para redução da mortalidade infantil no mundo, na década de 1990. Com os anos, a experiência rendeu frutos, ultrapassando as fronteiras do Brasil: hoje, o Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano (IberBLH) reúne 24 países, em diferentes estágios de desenvolvimento e com perfis socioeconômios e culturais distintos. Isto é possível pela lógica que norteia a expansão da RedeBLH, condicionada pela equação que combina alta eficiência, baixo custo e facilidade de execução.

Desenvolvido no Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), o sistema de informação e gestão de bancos de leite humano está em funcionamento nas 200 unidades brasileiras e também no Equador, Uruguai e Guatemala, auxiliando gestores a administrá-las. No Brasil, o sistema de informação da RedeBLH — que serve de modelo para o IberBLH —orienta o Ministério da Saúde sobre os locais onde a iniciativa pode ser mais resolutiva, contribuindo para a redução dos índices de mortalidade neonatal.

 

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