Veja aqui o que rolou nas palestras durante o Pré-Hackthon

por
Graça Portela & Raíza Tourinho
,
08/04/2016
Panorama: o uso de apps no Brasil

Celular, quem não tem um? Fernando Paiva, da Mobile Time, mostrou a força dos pequenos aparelhinhos, conforme recente pesquisa realizada pelo IBGE, onde 80,4% dos brasileiros acessam a internet pelo celular. Por meio da pesquisa Panorama do Uso de Apps no Brasil, que produzida pela MobileTime, foram apresentados os dados que mostram 84,7% da população que possui smartphones utilizam o aplicativo Whats App, seguido de 69,4% que usam o Facebook, seguido do Instagram (38,9%) e Messenger (30,5%). “O mercado de apps é muito dinâmico, daí estamos investindo em pesquisas semestrais, para tentar acompanhar o que acontece”, afirmou Paiva, que incentivou a construção de aplicativos para a Saúde.

 

Métodos e técnicas de Design centrado no Usuário

Aldo Pontes, do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação em Saúde (CTIC)/Icict, apresentou a sua dissertação de mestrado no qual abordou inovação de produto e inovação de projeto, com técnicas que ajudem no trabalho e integrem o usuário à produção. A pesquisa também ouviu os designers sobre métodos e técnicas utilizados no desenvolvimento dos trabalhos. Segundo Pontes, “não é apenas desenvolver um produto. Há a necessidade de uma visão compartilhada entre designer e usuário, para que o produto final contemple não só as necessidades, mas haja uma interação. O usuário tem que ter prazer em usar o produto”.        

 

Plataforma Bluemix: crie, estenda, escale e integre

Ao apresentar o Bluemix, uma plataforma que oferece serviços para o desenvolvimento de softwares e aplicativos, Fabio Santos, da IBM, enfatizou a necessidade de se estar alinhado com as rápidas transformações que ocorrem no mundo digital. Para tanto, ele trouxe uma pesquisa de Harvard que afirma que os Estados Unidos só alcançaram 18% do seu potencial digital, e mostrou como novas aplicações, como o Uber e AirBnb, vêm modificando o mundo dos negócios. “O digital é o caminho para aqueles que movem rápido”, disse.

 

Ciência de dados aplicada à Saúde

Já a cientista-chefe e diretora do centro de pesquisas e desenvolvimento da EMC no Brasil, Karin Breitman, mostrou como o potencial que o big data (estratégia para captura, armazenamento e análise de grandes quantidades de dados) oferece para o campo saúde. “O big data ajuda a gente a ajustar o que funciona e o que não funciona”, disse, mostrando como a análise dos dados pode ajudar na gestão hospitalar ou no monitoramento do funcionamento do organismo de um paciente, por exemplo. Karin disse que “sonha” com o dia em que a saúde não seja tratada somente em episódios de doença. “Acho que com o big data a gente consegue pensar a saúde de maneira contínua e não episódica”.

 

Python, the next Brazilian Generation

Criador do primeiro curso massivo em português sobre a linguagem de programação Python (Python para zumbis), Fernando Masanori, mostrou com entusiasmo a crescente participação feminina na programação. Ele listou eventos como o Code Girls 2, que juntou mais de 400 mulheres (dos 700 participantes) em Natal, ou o Pyladies São Paulo, organizado por uma advogada, uma física e jornalista.  “A diversidade é real. Precisamos de iniciativas concretas para ajudar as pessoas a programar”, diz ele, que há pouco deu aulas em curso só para mulheres na Namíbia e acumula já 42 mil inscritos, em dois anos, no curso Python para Zumbis, que é gratuito pela internet. “Se um professor der aulas a vida toda em uma universidade vai atingir 3 mil alunos”, comparou.

 

Carteirada do Bem

Uma outra iniciativa que ajuda a melhorar a vida das pessoas é a Carteirada do Bem, aplicativo da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) desenvolvido pela Casa Digital. A Carteirada do Bem reúne 70 leis estaduais que interferem diretamente no cotidiano do cidadão, apresentadas em um design simples e com possibilidade de denunciar facilmente o estabelecimento que descumpra a lei.  A ideia surgiu da percepção de que as pessoas não faziam ideia do impacto que o parlamento tinha na vida das pessoas. “A gente entendeu que as leis são os melhores produtos da Alerj. Quando o cidadão conhece seu direito, ele se empodera naturalmente. Não precisa de estratégia de comunicação agressiva”, explica Luiz Kullner, responsável pelo desenvolvimento do aplicativo. “É genial por ser muito simples”, resume a diretora de comunicação da Alerj Daniella Sholl. O aplicativo já tem mais 200 mil downloads e 2 mil “carteiradas” compartilhadas.

 

Oficina de Jogos em Saúde

Guilherme Xavier (PUC-Rio) pôs todos para brincar com dados e deu uma amostra de como se constrói um game em três minutos (com o seu Game Design Miojo Style)! A brincadeira seguir três regras simples: escolher um assunto; considerar um contraste; e propor um desafio. Com uma explicação simples, ele falou sobre a origem dos games e quais as metodologias para se produzir um. Antes disso, Marcelo de Vasconcellos (Multimeios/Icict) mostrou quais as áreas de aplicação dos games na Saúde (preventiva, terapêutica, avaliação, educacional, informacional) e deu exemplos de jogos de sucesso, como That Dragon, Cancer, no qual um pai fala de sua experiência com o filho que tem câncer ou o ReMission, que ajuda crianças e jovens a lidar com a doença. Vasconcellos destacou que, dentre os resultados já comprovados pelo uso de games na saúde, “há a melhoria da adesão dos pacientes ao tratamento”.

 

Scrumhalf: gestão do desenvolvimento ágil

A palestra ministrada por José Rodrigues, da GPE, conseguiu reunir técnicos em TI, e leigos para saber mais sobre a metodologia ou filosofia, dependendo do ponto de vista, Scrumhalf, ou Scrum, como muitos a chamam. Rodrigues apresentou o método ágil de gerenciamento de projetos, um “framework” que trabalha com pequenas equipes autoorganizadas para produção de produtos ou projetos, em qualquer área. Rodrigues destacou “o aumento de produtividade, a redução de defeitos e o custo reduzido” como alguns dos benefícios da metodologia. 

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Equipe do Pré-Hackathon. (Foto: Ascom)

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