Câmara dos Deputados exibiu vídeo “Nascer nas prisões”

por
Graça Portela & Informe Ensp
,
11/12/2017

No último dia 6 de dezembro, a Secretaria da Mulher, da Câmara dos Deputados, exibiu o documentário “Nascer nas prisões”, uma produção do Selo Fiocruz Vídeo, dirigido por Bia Fioretti.

A exibição integrou a programação da campanha mundial “16 dias de Ativismo pelo fim da Violência contra as Mulheres”, e contou com o lançamento do relatório da Fiocruz sobre a situação das mulheres grávidas encarceradas, intitulado “Saúde Materno Infantil nas prisções do Brasil (2016)”, das pesquisadoras Maria do Carmo Leal e Alexandra Roma Sánchez, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp)/Fiocruz.

Divididos em duas partes - Nascer nas prisões: gestar, nascer e cuidar (parte 1) e Nascer nas prisões: impacto social (parte 2) - O documentário do Selo Fiocruz Vídeo foi produzido a partir do estudo das pesquisadoras da Ensp e enfoca “a dura realidade dessa rotina, conflitos e problemas enfrentados pelas mulheres privadas de liberdade em ter um pré-natal de qualidade, com doenças evitáveis não adequadamente tratadas, discriminação na hora do parto e dificuldades com o cuidado do recém nascido, além do impacto social”.

Sobre o relatório

O estudo descreve, pela primeira vez, em nível nacional, o perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões do Brasil. Em entrevista ao Informe Ensp, Maria do Carmo Leal falou sobre a pesquisa: “visitamos todas as prisões femininas de todas as capitais e regiões do Brasil que recebem grávidas e mães. Verificamos que foi baixo o suporte social e familiar recebido e frequente o uso de algemas na internação para o parto, relatado por mais de um terço das mulheres. Piores condições da atenção à gestação e ao parto foram encontradas para as mães encarceradas em comparação às não encarceradas, usuárias do SUS. O estudo mostrou, também, que havia diferença na avaliação da atenção recebida durante a internação para o parto de acordo com a condição social das mães. Foi menor a satisfação para as pobres, as de cor de pele preta ou parda”, explicou.

Na pesquisa foi constatado que um terço das mulheres presas grávidas relataram o uso de algemas na internação para o parto, 55% tiveram menos consultas de pré-natal do que o recomendado, 32% não foram testadas para sífilis e 4,6% das crianças nasceram com sífilis congênita.

Veja abaixo as duas partes do documentário exibido na Secretaria das Mulheres:

 

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