Hackathon Fiocruz 2019 tem o dobro de mulheres do que em sua primeira edição

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Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz
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30/11/2019

“Quantas mulheres temos aqui, competindo nesta maratona tecnológica?” A pergunta foi feita pela presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Nísia Trindade Lima, na mesa de abertura do Hackathon Fiocruz 2019, quando enfatizou a necessidade de valorizar a inclusão e a diversidade em projetos que integram ciência, saúde e arte. Da plateia, 10 competidoras acompanhavam atentas: cerca de 30% do total de participantes, que foram 32. Este ano, elas são mais que o dobro do que em 2016, quando houve a primeira edição do Hackathon Fiocruz: na ocasião, eram apenas quatro. 


Parte da equipe InovaSUS (Crédito: Ascom Icict/Fiocruz)

Das oito equipes que estão competindo na maratona tecnológica de 2019, cinco têm mulheres, com idades variando desde os 21 até os 56 anos. Algumas delas já são hackathonzeiras experientes. Outras estão vivendo uma imersão recente em eventos tecnológicos. É o caso das integrantes do time InovaSUS, o que tem maior presença feminina no Hackathon 2019: são três mulheres. Uma delas é Vanise Barroso, que trabalha com inovação em Farmanguinhos, unidade da Fiocruz responsável pela produção de fármacos. “Me interessei em participar porque quero desenvolver um aplicativo para o meu instituto. Como só tenho experiência em inovação, achei que o hackathon seria uma chance para aprender mais sobre outros campos necessários à criação de um app”, relata.

Dayse Elias é orientanda de Vanise, e trabalha no desenvolvimento de embalagens, na mesma unidade: “Quis participar para ter mais conhecimento sobre o ambiente de produção de aplicativos, adquirir experiência”. Outra integrante do InovaSUS é Kátia Reis, analista de patentes de BioManguinhos, instituto da Fiocruz voltado à produção de vacinas. “Também sou educadora, e senti necessidade de encontrar novas ferramentas para trabalhar com meus alunos. Achei então que era uma oportunidade para conhecer melhor a área tecnológica.”

Presença crescente

Já Beatriz Couto Maselli, especialista em negócios que é integrante da equipe View Model Robusta, é hackathonzeira experiente. Tanto que tem uma startup criada a partir da vitória numa competição do tipo. “Já há muitos hackathons no Brasil, mas este é o primeiro organizado pelo setor público de que participo. Acho que o poder público deveria investir mais nesse tipo de iniciativa, principalmente no campo da saúde”, defende.

Ao seu lado na equipe está a desenvolvedora de back-end Suellen Lima, que chama atenção para o caráter social da atividade. “Sempre me interessei por idealizar soluções que cooperassem para o bem comum, ajudando no enfrentamento de problemas coletivos. E os hackathons têm se mostrado uma experiência que, além de desafiadora, me incentivam a prosseguir pensando em ideias para resolver desafios.”


Suellen Lima e Beatriz Couto Maselli, da equipe View Model Robusta (Foto: Ascom Icict/Fiocruz) 

Tanto Beatriz quanto Suellen afirmam que a presença feminina é extremamente forte no ambiente de criação de aplicativos. “Onde eu trabalho, 80% são mulheres. E isso tem sido cada vez mais comum na área tecnológica”, descreve a segunda, complementando que porém, infelizmente, há ambientes onde o preconceito de gênero ainda se insinua “Já participei de alguns eventos em que as pessoas se mostraram surpresas por eu ser desenvolvedora.”

Na Cypher, duas meninas garantem a presença. A estudante de Ciências Sociais, Emilly Marques, que já vem atuando nesta área há algum tempo e Sívla Batalha, que estreia no hackathon. "Eu tenho muitas ideias e achei que aqui poderia ser o local para colocá-las em práticas", diz Sílvia, bem animada para participar. Já Emilly Marques acredita na tecnologia como uma ferramente importante para a resolução de problemas sociais: "eu acredito que seja algo muito inovador e a gente precisa usar isso a nosso favor", afirma.

No time The Good Code só há uma menina, mas é ela quem gerencia a equipe. Taiane Cubas começou a programar há pouco tempo: “Mas agora já consigo desenvolver aplicativos”, diz, e interrompe a entrevista, focada no desafio sobre o qual sua equipe está trabalhando. O tempo corre no Hackathon Fiocruz. O que essas mulheres buscam na maratona, afinal, não é pouco. “Estou sempre participando de vários eventos tecnológicos, e em cada um deles quero fazer a diferença. Minha expectativa, desta vez, é trazer alguma inovação importante para a saúde”, afirma Luciana Cristina da Costa, única mulher no meio de três homens, em sua equipe.

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