ICICT | Fiocruz - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica

Até o tempo contribuiu para a grande festa que foi a campanha Fiocruz pra Você, nesse sábado, 8/06. O evento que integra a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite trouxe à Fiocruz milhares de pessoas de todo o Rio de Janeiro, que tiveram acesso não só à vacinação, mas a uma série de atividades sócio-educativas espalhadas por todo o campus de Manguinhos. E o Icict mais uma vez participou com atividades que atraíram um grande público.

O saguão da Biblioteca de Ciências Biomédicas foi o local escolhido para a vacinação e as atividades que eram oferecidas às crianças e seus pais. Antes, na entrada, havia a distribuição de balões coloridos para as crianças e adolescentes. Já no saguão, as pessoas eram encaminhadas para o local de vacinação, com a orientação de ter à mão a caderneta de vacinação das crianças.

Susane Prado, agente comunitária de saúde, que há nove participa da campanha, contabilizava o número de crianças atendidas e chamava a atenção para a importância da vacinação: “Gosto de parabenizar a mãe que está em dia com as vacinas da criança. Isso é muito importante.”  Até às 11 horas da manhã, cerca de 200 crianças já tinham sido vacinadas.

Se os bebês chegavam sonolentos e tomavam a vacina sem se dar conta do que estava ocorrendo, algumas crianças maiores – até quase cinco anos – chegavam bastante assustadas, imaginando a dor que sentiriam com uma possível picada de agulha. “As crianças maiores já chegam chorando, com medo da injeção, mas quando mostramos as gotinhas, elas ficam mais calmas”, explica Rosiane Queiroz, técnica de enfermagem que atua na aplicação da vacina.

E esse foi o caso da Giovanna, de três anos, que veio com o pai, Guilherme Rego, tomar a vacina. Ela estava feliz com a bola de gás, mas quando percebeu que teria que tomar vacina, tentou correr duas vezes para fora do saguão, porém o pai foi mais rápido e a pegou no colo. Ela ameaçou cuspir a vacina, mas a técnica de enfermagem disse que ela tinha que engolir. Muito a contragosto, obedeceu. Ao ser perguntada sobre que gosto tinha a vacina, não pensou duas vezes: “Tem gosto de coruja...”

Depois da vacinação, a criançada recebia um pacote com um lanche que era composto de maçã, suco em caixa, batata frita, uma squeeze "e o nosso sorriso”, falou Eliane Santos, funcionária da Biblioteca e voluntária no evento.

A seguir, as crianças eram convidadas a participar de atividades especiais, como a contação de histórias. As funcionárias do Instituto Fernandes Figueira (IFF), que atuam no projeto Biblioteca Viva, trouxeram a sua experiência para compartilhar com as crianças e os adultos. Deitadas no chão, trocavam histórias com as crianças e até com as mães, como foi o caso de uma senhora que dava boas gargalhadas com a leitura da história “Quando mamãe virou um monstro” – seriam lembranças da infância? Para a voluntária Carmem Muricy, esse trabalho é extremamente rico, “os resultados são maravilhosos. Eu perguntei: posso ler para você? E ela adorou!”, exulta.

As crianças também puderam participar da oficina de saúde bucal, promovida pela VideoSaúde, onde, além de receberem informações, ganharam o vídeo “Turma do Escovinha em uma aventura no parque” e levaram para casa um DVD  que gravaram com seus depoimentos sobre saúde bucal. O impacto da atividade foi grande e segundo Danilo Gonçalves, professor de Educação Física, responsável pela linha de Ação, Cultura e Esportes do Projeto Social Crescendo com Manguinhos, que atende crianças de 10 a 13 anos, os alunos aprenderam muito. “Nessa atividade muitos não sabiam o que faz um dentista, porque nunca tinham ido a um”.

A restauração de livros, feita pela equipe da Biblioteca de Ciências Biomédicas, foi outro ponto alto do evento Fiocruz pra Você. A voluntária Ana Cristina Mamprim Crespo reafirmou a importância de se falar sobre a preservação e conservação dos livros, mas com uma linguagem acessível às crianças: “Explicamos para as crianças o porquê de não vir com as mãos sujas e folhear as páginas, não comer sobre os livros, ou seja, o que não se pode fazer com os livros”. Ana Cristina estava feliz em trabalhar na campanha: “Aqui, eu também viro criança. ”

A participação da Comlurb foi outro ponto alto das atividades no Icict. “Sugismundo no Reino da Limpezolândia”, foi a peça que o grupo de teatro Porta Aberta, que trabalha com Educação Ambiental trouxe. As crianças torceram, gritaram e riram com os personagens como o Rei Metal e o Bobo da Corte, por exemplo. Para Edson Rodrigues Pimenta, o  Bobo, “a importância é a conscientização. As crianças podem aprender que tanto a lata quanto a garrafa pet não são lixos comuns, podem ser reciclados. O lixo é uma coisa muito rica”, afirma. Já o Rei Metal, Franklin Monteiro, destacou a necessidade de se mostrar às crianças que haverá um tempo em que “não daremos conta do lixo que produzimos. Não estamos jogando o lixo fora, mas dentro do nosso planeta”, alertou.

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e do diretor do Icict, Umberto Trigueiros, conferiram de perto o que o Instituto estava oferecendo à comunidade. Paulo Gadelha elogiou a criatividade do Icict em oferecer oficinas tão inovadoras, conseguindo conciliar a comunicação e a informação científica em saúde. Já Umberto Trigueiros destacou a participação da comunidade (o link para as entrevistas está no box ao lado).

Ao final do dia, foram contabilizadas em toda a Fiocruz, 1517 vacinações, sendo que 463 no posto 2, a Biblioteca de Ciências Biomédicas.