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Foto (da esq. p/ dir.): Vinícius Marques de Carvalho (ministro da Controladoria Geral da União - CGU); Daniela Nunes de Menezes (do Ministério de Gestão e Inovação em Serviços Públicos); Marcel Pedroso (PCDaS/Icict/Fiocruz); Ava Mumtaz Haidar, do Aspti Institute; e Jason Pielemeier (diretor executivo da Global Network Iniciative) | Arquivo pessoal Marcel Pedro
O pesquisador e coordenador da Plataforma de Ciência de Dados aplicada à Saúde (PCDaS), Marcel Pedroso, esteve presente na Data Privacy Global Conference (DPGC) no dia 27 de novembro para compartilhar sua experiência no painel “Dados e infraestruturas: potencializando o uso e mitigando os riscos”.
O evento ocorreu em São Paulo e contou com uma série de painéis destinados a abordar os desafios da área de privacidade e proteção de dados, bem como a regulação de tecnologias e justiça social.
Marcel Pedroso dividiu o painel com Daniela Nunes de Menezes, Coordenadora-Geral de Governança de Dados da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Ava Mumtaz Haidar, Associada sênior do Aapti Institute, e Otávio Neves, Diretor de Transparência e Governo Aberto na Controladoria Geral da União. A mesa foi mediada pelo Diretor Executivo da Global Network Initiative (GNI), Jason Pielemeier.
O principal foco do debate foi o atual cenário das Infraestruturas Públicas Digitais (DPIs, na sigla em inglês) no Brasil e no mundo, destacando a experiência da Índia. Os painelistas reforçaram a necessidade de se estabelecer medidas sólidas para que a criação de novas infraestruturas sejam inclusivas, transparentes e acessíveis desde o princípio, não adiando tais qualidades para momentos posteriores à adoção das novas tecnologias pelo público amplo.
Outro ponto de concordância no painel também diz respeito às etapas de planejamento. Regulação eficiente, interoperabilidade dos dados e letramento da população sobre a temática foram conceitos descritos como fundamentais para o avanço do debate no país. “Se não organizarmos os processos, fica difícil garantir qualidade e governança dos dados. Isso é necessário para assegurar os benefícios que os dados têm a oferecer”, afirmou Daniela.
A PCDaS apareceu ao lado de casos de sucesso, como o Pix, o login Gov.br e o CadÚnico, para exemplificar o que são DPIs e sua importância na construção, disponibilização e manutenção de operações com grandes volumes de dados. Na definição de Marcel, “a PCDaS é uma plataforma em nuvem, pública e que tem a missão de oferecer e fornecer dados e computação científica para profissionais da saúde, pesquisadores, professores e governo”.
O coordenador da PCDaS destacou dois grandes desafios enfrentados na construção da iniciativa: a concepção da Plataforma e sua manutenção. No primeiro caso, a necessidade de romper uma cultura de não compartilhamento de dados e desenvolver uma nova cultura de reúso desses mesmos dados foram grandes barreiras.
Já para manter a Plataforma, além de garantir o contínuo funcionamento dos recursos computacionais, que envolve infraestruturas físicas e virtuais, é necessário viabilizar a permanência da equipe atual de 17 bolsistas a partir de linhas de financiamento perene.
Marcel compartilhou também que o uso de inteligência artificial generativa é a próxima aposta da PCDaS para o futuro. “A ideia é construir uma interface conversacional para que um público além dos pesquisadores em saúde pública consiga interagir facilmente com a PCDaS e obter informações sobre seus conjuntos de dados”, explicou.
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