Presença de alunos de outros estados é o destaque da V Oficina VideoSaúde

por
Rafael Vinicius
,
07/07/2009

A V Oficina VídeoSaúde, promovida pelo Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), da Fiocruz, chegou ao fim após duas semanas de aulas (totalizando 40 horas), distribuídas entre os dias 22 de junho e três de julho. Com periodicidade bianual, o curso forneceu subsídios para a elaboração de propostas de produção de vídeos em saúde, apresentou elementos da linguagem audiovisual e instrumentos para análise de vídeos nesta área.

De acordo com o chefe da VideoSaúde e coordenador da oficina, Homero de Carvalho, uma das novidades do curso foi a participação de alunos de várias cidades do Brasil, como Curitiba, Salvador e São Paulo. Outro diferencial ficou por conta da participação maciça de profissionais de comunicação, que representaram quase 40% dos 14 alunos participantes. A oficina não foi definida por Homero como teórica, mas de produção, que apresenta informações fundamentais aos alunos. “O conteúdo apresentado nos cursos evoluem com o tempo e são cada vez mais completos. O material que entregamos aos alunos no fim do curso sempre se refere a temas atuais”, salienta o coordenador.

O objetivo principal da oficina, desde a sua criação, em 1993, é o de transformar a idéia do profissional de saúde em um material compreensível para a linguagem audiovisual. Segundo Homero, o curso surgiu para atender uma demanda de registro de atividades na área da saúde que podiam ser transformados em vídeo.

Com relação ao futuro das propostas, Homero afirmou que a VideoSaúde pode atuar como parceira, ao ajudar na produção e divulgação dos projetos, o que pode significar quase 40% do orçamento de um documentário. “O produtor ou diretor do documentário deve estar vinculado a uma instituição e precisa entrar em contato para pedir o apoio da Distribuidora”, destaca o coordenador. Homero ainda explicou que a participação da VideoSaúde está relacionada a detenção posterior dos direitos de distribuição do vídeo.

Tânia Santos (Distribuição), Eliane Pontes e Neide Diniz (Produção), Eduardo Ulup (Roteiro), Marcos Renkert (Edição) e Gerson Cortez (Câmera) foram os profissionais da Distribuidora que participaram ativamente da Oficina. Durante as aulas que contaram com a participação da equipe da VideoSaúde, os alunos receberam orientações com relação aos diferentes tipos de planos, enquadramentos e recursos técnicos para gravação.

Documentários premiados na 5ª Mostra Nacional de Vídeos em Saúde foram apresentados

Pesquisadores do Laboratório de Comunicação em Saúde (Laces) também participaram da oficina, a fim de deixar claro o contexto em que a produção de vídeo em saúde está sendo discutida. O campo da Comunicação em Saúde foi abordado pela pesquisadora Alice Ferry, que expôs um histórico do trabalho do cineasta Humberto Mauro.

O pesquisador Rodrigo Murtinho, ao salientar as características do modelo japonês implantado no Brasil, discorreu sobre a transição da TV analógica para a TV digital. De acordo com Murtinho, o modelo implantado pelo governo favorece a alta definição, no entanto, não contribui com a multiprogramação (quatro canais para cada emissora) e com uma maior regionalização das programações.

Além das palestras, trailers de Uma História Severina, Filipe e Do Luto à Luta, documentários premiados na 5ª Mostra Nacional de Vídeos em Saúde, foram apresentados aos alunos. Na categoria de filmes temáticos, A Vida Não Para, sobre hanseníase, e Pra Mim Chega, ficção da vigilância sanitária, foram passados na íntegra, com a análise e comentários de Homero.

Apesar de ser historicamente um curso para os profissionais de saúde, a presença de alunos da área de comunicação, segundo o coordenador, ajudará a Distribuidora a organizar a próxima edição da oficina. “Ainda este ano vamos atender a uma demanda da Coordenadoria de Comunicação Social da Fiocruz, que nos pediu para criar um curso voltado para os profissionais de comunicação da Fundação”, finaliza Homero.

 

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