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Com o objetivo de suprir a carência de médicos no país, cujo défict está em mais de 54 mil postos, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Mais médicos para o Brasil. Mais saúde para você”.

A campanha integra o Programa Mais Médicos e faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde, que prevê investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para as regiões onde há escassez e ausência de profissionais, como cidades com maior vulnerabilidade social e Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI).

Além disso, até 2015, o Ministério da Saúde abrirá mais 35.073 postos de trabalho para médicos só com a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A iniciativa prevê também a expansão do número de vagas de medicina e de residência médica, além do aprimoramento da formação médica no Brasil.

Hoje, o Brasil possui 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina (3,2), Uruguai (3,7), Portugal (3,9) e Espanha (4). Além da carência dos profissionais, o Brasil sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões - 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional, desses cinco possuem menos de um médico por habitante, como é o caso do Acre (0,94), Amapá (0,76), Maranhã (0,58), Maranhão (0,58), Pará (0,77) e Piauí (0,92). Por outro lado, a alta concentração nas capitais, gera um grande desequilíbrio, como é o caso de São Paulo, que apesar de ser um dos melhores situados avaliados (2,49 médicos por mil habitantes), há cidades como Registo (0,75), Araçatuba (1,33) e Franca (1,43). 

Fonte: ¹ População IBGE 2012 / ² dados primários CFM 2012 /³ Estudo "Demografia Médica", CFM 2012

Para definir o número de médicos por cada mil habitantes, uma vez que a Organização Mundial de Saúde (OMS) não possui um parâmetro específico, o Governo Federal adotou como referência a proporção encontrada no Reino Unido, que é de 2,7 médicos por habitantes, uma vez que depois do Brasil é o país que tem maior sistema de saúde público de caráter universal orientado para a atenção básica.

No início deste ano, o Ministério da Saúde abriu edital para adesão dos municípios ao Programa de Valorização Profissional da Atenção Básica (Provab) para médicos recém-formados trabalharem em Unidades Básicas de Saúde nas regiões mais carentes. Foram solicitados 13 mil médicos para atuação em 2.868 municípios. Porém 55% desses municípios não conseguiram sequer um médico, ou seja, 1.565 municípios não atraíram nenhum profissional.

As vagas serão oferecidas prioritariamente a médicos brasileiros, interessados em atuar nas regiões onde faltam profissionais. No caso do não preenchimento de todas as vagas, o Brasil aceitará candidaturas de estrangeiros, com a intenção de resolver esse problema, que é emergencial para o país. 

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