Depoimentos DUDH 4: 'Para gente falar de Direitos Humanos, a gente tem que falar de uma sociedade democrática'

por
Icict
,
10/12/2018

Izabel Loureiro Maior
(médica e integrante do Fórum Permanente UFRJ Acessível e Inclusiva)

"Um dos princípios da Declaração é a não discriminação: todos são iguais perante a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E todos os direitos que ali estão garantidos (...) têm uma repercussão direta na vida das pessoas com deficiência (...)

Se ela é uma Declaração Universal, significa que ela é feita para todos, só que de vez em quando nós precisamos lembrar que esses todos têm diferenças entre si".

 

Maria Helena
(advogada, coordenadora do Dihs/Ensp/Fiocruz)

"A gente tem que comemorar no dia 10 de dezembro, que é o dia da Declaração Universal, a história do avanço, comemorar a história do dizer não, mas, por outro lado, esse dia também tem que ser, esse ano e todos os dias, tem que ser dia de demarcação da luta contínua pelos Direitos Humanos (...)

Para gente falar de Direitos Humanos, a gente tem que falar de uma sociedade democrática, em que se busca a questão da dignidade do ser humano, a questão da equidade e a questão da garantia universal de todos os direitos".

 

Nayara
(Indígena do povo Macuxi, do estado de Roraima, estudante de Gestão e Saúde Coletiva Indígena na Universidade Federal de Roraima)

"Gostaria que houvesse mais respeito à nossa população e que fossemos respeitados com as nossas diferenças".

 

Ricardo Rodrigues
(médico, professor da USP, doutor em Medicina Preventiva)

"Que se poderia hoje tomar como um dos grandes desafios relacionados à Declaração Universal dos Direitos Humanos, que ela estenda esses direitos ao nosso 'self virtual'. Um 'self virtual' que leva com que algumas empresas privadas, corporações, tenham mais informações a nosso próprio respeito que nós mesmos. Então, muito para além do direito à privacidade etc Há também a questão da própria propriedade individual dos dados ao nosso respeito, que relação temos nós com o nosso próprio 'self virtual' (...)

Há algo nessa esfera que nos desafia a atualizar a pauta dos Direitos Humanos já na segunda década do século 21".

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