Dois representantes da Biblioteca do Ministério da Saúde, Edimilson Félix dos Santos e Cláudio Francelino da Silva, visitaram o Centro de Informação Científica e Tecnológica (CICT) da Fiocruz para treinamento em conservação de documentos. Os brasilienses passaram três dias acompanhando a rotina do Laboratório de Conservação Preventiva de Documentos (Lacopd), colhendo experiências para implementar um departamento semelhante na biblioteca de Brasília.
Há dez anos o CICT criou o Lacopd para atender as demandas da Biblioteca de Manguinhos. Com a necessidade de auxiliar não só outras unidades da Fiocruz como também diferentes instituições, o laboratório passou a oferecer treinamento externo sobre técnicas de preservação, conservação e higienização de acervos.
De acordo com Cláudio, a Biblioteca do Ministério da Saúde tem 28 anos e conta com um acervo de 60 mil títulos, mas ainda não possui um laboratório para conservação dos documentos, que é feita através de licitação. “Antes, nós não sabíamos se as empresas contratadas estavam fazendo a higienização e conservação da forma correta. Com o treinamento no CICT, a gente já pode avaliar se o trabalho está sendo bem feito”, afirma.
Marcos Afonso, representante do Departamento de Anatomia Patológica e Citopatologia do Instituto Fernandes Figueira (IFF), acompanhou a visita dos brasilienses. Segundo Marcos, em seu departamento estão alocados laudos médicos, slides e parafinas que são referências da história do IFF. O problema é que não há espaço para guardar esse acervo que sofre com a ação do tempo. Outro problema é que o mesmo espaço abriga diferentes tipos de materiais como papel e raio-x, o que pode acarretar em um incêndio, o aprendizado vai ajudar a minimizar os riscos de acidentes no prédio.
Para Marilene Fraga, chefe do Lacopd, essa integração entre profissionais da área é de suma importância, “Esse trabalho é fundamental para a preservação da memória científica”. Afirmou a bibliotecária.