conteúdo principal

Velhice não é doença é tema da Sala de Convidados

Compartilhar:
X
Por
Canal Saúde Divulgação
Publicado em - Atualizado em

Foto: Frame Sala de Convidados, com Jonathan Freitas 

Preconceitos demais sofridos pelos idosos. O chamado etarismo, preconceito de idade, é uma realidade global que pode afetar a qualidade de vida dessa população. E a OMS substituiu recentemente o termo "senilidade" por "velhice" na Classificação Internacional de Doenças (CID). Decisão o corpo se retirou depois de receber muitas críticas.

E para discutir o assunto e reafirmar que a Velha Idade não é uma Doença, a Sala de Convidados abordou o tema.

No programa, a apresentadora Yasmine Saboya conversou com a Professora da Universidade de São Paulo (USP) e membro da GT Envelhecimento e Saúde Coletiva da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), Marília Louvison; a psicóloga, especialista em saúde e membro da GT Envelhecimento Saudável e Participativo da Universidade de Brasília (UnB), Maria Cristina Hoffmann; e o  pesquisador do Grupo de Informação e Envelhecimento em Saúde (GISE) do Laboratório de Informação em Saúde (LIS), do Instituto de Comunicação e Informação em Ciências e Tecnologia da Saúde (ICICT), Fiocruz, Jonathan Freitas.

O pesquisador do Gise abordou as "múltiplas velhices", explicando que "o envelhecimento é transversal, afeta a todos nós, mas também é interseccional, juntando uma série de fatores. Existem diversos tipos de velhice: a da população negra, a da população LGBTQ, da população indígena, das pessoas com deficiência... Temos que questionar, refletir, como essa pessoa estão envelhecendo e se elas têm o direito de envelhecer também no Brasil." Freitas enfatizou a necessidade de mudar a mentalidade dos jovens em relação ao envelhecimento: "o jovem na sociedade brasileira, tem essa visão da velhice como uma fase da vida negativa, ligada justamente à doença, aos medicamentos, ao cuidado. Tem que haver uma transformação dessa mentalidade através dessa relação entre as gerações, da troca de saberes". Ele complementou com exemplos: "o jovem talvez ajudando com a inclusão digital, a pessoa idosa com o conhecimento científico ou comum; tem que ter essa troca de saberes para quebrar esse estigma, esse preconceito, esse idadismo. Acredito que só com a educação conseguiremos quebrar esse paradigma da sociedade".

Assista aqui o programa na íntegra: