Equipes vencedoras do Hackathon Fiocruz 2019 apresentam apps e sistemas para enfrentar desafios do campo da saúde

por
Assessoria de Comunicação do Icict/Fiocruz
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17/11/2020

No fim de 2019, 32 competidores passaram um fim de semana inteiro imersos no campus Fiocruz, com um objetivo: criar soluções inovadoras para o Sistema Único de Saúde, o SUS. Foi o Hackathon Fiocruz 2019, maratona tecnológica que reuniu profissionais de diferentes áreas para criarem produtos digitais que ajudassem a enfrentar desafios no campo da saúde. Um ano depois, os protótipos viraram realidade.  As quatro equipes vencedoras do hackathon apresentaram num evento online, na última sexta (13/11), os aplicativos e sistemas já desenvolvidos.

Uma aplicação que ajuda a identificar carrapatos, que podem ser vetores da febre maculosa; um programa de apoio e acompanhamento de pacientes com tuberculose; um aplicativo para a prevenção de doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti; e um chatbot, sistema de mensagens automatizado que irá apoiar os canais de comunicação da Fiocruz com a sociedade. Estes foram os produtos desenvolvidos pelas equipes vencedoras da maratona, promovida pelo Instituto de Comunicação e Informação em Saúde (Icict/Fiocruz), em parceria com o Escritório de Captação de Recursos da Fiocruz.  

Ricardo Dantas, coordenador do Centro de Estudos do Icict e do comitê organizador do Hackathon, defendeu o evento como um momento de coroação de um esforço coletivo muito grande. “Esse é um momento muito feliz para todos nós. Por um lado, porque estamos conhecendo as soluções desenvolvidas para problemas reais do nosso SUS, reais da saúde pública brasileira. É muito importante ver como a tecnologia pode proporcionar soluções para desafios em saúde. Estamos vendo aqui a potencialidade muito grande de pessoas com bagagem, com experiência, jovens ou muitas vezes nem tão jovens, mas que têm condições de propor soluções criativas para problemas que são amplos”.  

Na abertura do seminário online, Ricardo Godoy, da Coordenação-Geral de Planejamento da Fiocruz, ressaltou a importância do Hackathon Fiocruz, que teve sua primeira edição em 2016 e a segunda edição em 2019. “Esse evento se dá num contexto de uma série de esforços que a Fiocruz tem feito de uma aproximação num cenário de transformação digital na nossa sociedade em diversos campos: da saúde, da comunicação e da informação”.

Já o diretor do Icict/Fiocruz Rodrigo Murtinho destacou o papel da informação, da comunicação e da tecnologia para o enfrentamento de crises sanitárias como a da Covid-19. “A gente pode caracterizar essa pandemia, entre outras coisas, como uma pandemia onde a comunicação, a informação e suas tecnologias estão sendo fundamentais e estratégicas para o enfrentamento nesse período todo e continuará sendo. Essa história ainda vai ser contada e certamente as soluções que estão propondo também vão se encaixar nessa ação múltipla que a Fiocruz vem fazendo na área de informação e comunicação”. 

Soluções digitais

Mediador do evento e vice-coordenador do CEIcict, Paulo Abílio Lisboa, aponta que o evento de apresentação das soluções inovadoras para o SUS é um trabalho que terminou em parte na sexta-feira. “A partir de hoje nós entregamos para os propositores as soluções e eles agora vão dar vida efetivamente e colocar isso dentro do SUS para que a gente possa ter mais aderência e mais resultados. Para que a gente possa levar coisas cada vez melhores, que é a nossa missão institucional. O hackathon nos permite trazer, a partir de uma proposta aberta, soluções que possam efetivamente ajudar”. 

A primeira equipe a apresentar foi a Arboviroses, que desenvolveu um aplicativo informativo sobre a prevenção de doenças causadas pelo mosquito aedes aegypti. A aplicação pretende também auxiliar agentes de saúde a identificar, mapear e eliminar possíveis focos de criadouros do mosquito. O aplicativo entra na fase de testes em diferentes bairros do Recife (PE) no início de 2021. 

Na sequência, o grupo Carrapp apresentou uma aplicação e uma plataforma web que ajuda a identificar por imagens diferentes espécies de carrapatos, que podem ser vetores da febre maculosa. Um dos principais objetivos é a organização de um banco de dados georreferenciado de carrapatos em território nacional. 

O terceiro grupo a se apresentar foi o Chatbot, um assistente virtual, que já está em funcionamento parcialmente no fale conosco de ensino e cursos do portal da Fiocruz. O robô Wal – como foi apelidado – é uma ferramenta de atendimento 24h para auxiliar os usuários por sistema de mensagens nos canais de comunicação da Fiocruz com a sociedade, reduzindo em pelo menos 20% nas demandas que chegam na área. A ideia é que até o fim do ano já esteja funcionando em todo o portal da Fiocruz e na página do Facebook. O último grupo foi o Tuberc, um programa de apoio, acompanhamento e informação para pacientes com tuberculose. Ainda não há uma data para a implementação do aplicativo para o público, que terá mais um tempo na etapa de desenvolvimento para poder seguir para a fase de testes.

Confira a apresentação completa no vídeo acima. Transmissão: VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz

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