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A contribuição do Icict para o maior inquérito de saúde do país

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Por
André Bezerra
Publicado em - Atualizado em

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), que teve seus primeiros módulos de resultados divulgados nos últimos anos, se tornou uma importante fonte de dados e informações sobre o estado de saúde da população brasileira. Prova disso é a citação de referências à pesquisa em quase 50 artigos e trabalhos científicos publicados ou em fase de revisão nesse período.  “Além desses artigos, há vários alunos  desenvolvendo dissertações e teses com desdobramentos dos dados da PNS”, comenta Celia Landmann Swarcwald, pesquisadora do Laboratório de Informação em Saúde e coordenadora científica do inquérito.

A grande repercussão pode ser atribuída às diversas inovações trazidas pela PNS tanto em seus aspectos metodológicos, quanto aos resultados inéditos sobre características e percepções de saúde da população brasileira nesses primeiros anos da década. Pela primeira vez, um inquérito nacional de base domiciliar investigou dados sobre a autopercepção do brasileiro em relação a sua própria saúde e os comparou com medidas objetivas, através de medições antropométricas e resultados de exames laboratoriais realizados com participantes voluntários em mais de 80 mil domicílios de todo o país.

Antes da PNS, o IBGE publicou três suplementos da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD), em 1998, 2003 e 2008, até surgir a necessidade de uma pesquisa com temporalidade definida com dados específicos de saúde. “Dessa forma, conseguimos espaço para mais informações, além de termos uma amostra específica, permitindo que a gente tenha detalhamento de indicadores por estado, capitais e regiões metropolitanas”, explica a pesquisadora.

A contribuição do Icict, por meio da equipe do Lis, foi decisiva para a construção da amostra e do extenso questionário utilizado em campo, além das reflexões sobre aspectos éticos da pesquisa. Até o momento, foram publicados três módulos, trazendo os temas da percepção do estado de saúde, doenças crônicas não transmissíveis e estilos de vida, que revelam que 40% dos brasileiros possuem alguma doença crônica; além de medir o acesso e utilização dos serviços de saúde, acidentes e violências, ciclos de vida, saúde do idoso, da mulher e da criança. O IBGE ainda divulgará dois módulos da PNS, nos próximos meses.