
Neste mês de agosto, o Programa VideoSaúde apresenta produções que dão visibilidade a experiências e reflexões sobre saúde coletiva em diferentes territórios e contextos. Da emergência sanitária enfrentada pelo povo Yanomami à busca por alternativas agroecológicas entre famílias agricultoras do Sul do Brasil, passando pelas lutas por equidade de gênero na ciência, justiça racial e experiências de atenção primária no Paraguai, os documentários abordam temas urgentes e diversos que atravessam as práticas de cuidado, os direitos humanos e os determinantes sociais da saúde.
Abrindo a programação, em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas (9/8), o documentário 'Xawara e Saúde' retrata a grave crise humanitária vivida pelo povo Yanomami, em Roraima, causada pelo avanço do garimpo ilegal em seus territórios. A produção reúne imagens e depoimentos de lideranças indígenas e profissionais de saúde que atuam na linha de frente do enfrentamento às epidemias desencadeadas pelo desmatamento e pela contaminação das águas, revelando os impactos da violação de direitos sobre a saúde dos povos originários.
No Programa Especial, 'Minha voz não pode calar', um relato sobre dor, luto e resistência revelam as formas de atuação política dos movimentos do povo negro/afrodescendente e Romani em suas lutas por justiça racial. O documentário destaca trajetórias de ativistas que constroem redes transnacionais, no Brasil, Peru, Espanha e Portugal, e evidencia como o genocídio dessas populações segue sendo um dos eixos estruturantes da violência vivida. A produção propõe uma reflexão sobre outras formas de existir e resistir, para além dos limites impostos pelas políticas tradicionais do Estado-nação.
O Programa VideoSaúde é exibido às segundas, às 22h30, no Canal Saúde.
4/8, segunda-feira, às 22h30 - Xawara e Saúde

A resposta à crise humanitária na terra indígena Yanomami invadida pelo garimpo é retratada no documentário que registra as ações de assistência à saúde contra a “Xawara” (doença), com imagens e depoimentos de lideranças indígenas e profissionais de saúde.
Reprises:
6/8, quarta, às 22h30
8/8, sexta, às 22h30
10/8, domingo, às 21h30
11/8, segunda-feira, às 22h30 - Ciência delas
Apesar dos recentes avanços na luta pelos direitos das mulheres, a desigualdade de gênero continua presente em diversas áreas da sociedade. O documentário conta a trajetória do Programa Mulheres e Meninas na Ciência da Fiocruz a partir das personagens decisivas dessa história pela promoção da equidade de gênero na ciência. As trajetórias pessoais, profissionais e institucionais dessas mulheres se cruzam e se combinam, transformando dúvidas, desejos e sonhos em oportunidades para futuras meninas cientistas.
Reprises:
13/8, quarta, às 22h30
15/8, sexta, às 22h30
17/8, domingo, às 21h30
18/8, segunda-feira, às 22h30 - Atenção primária em saúde

O vídeo apresenta a experiência das equipes que participaram do estudo multicêntrico em atenção primária em saúde. A história se passa em Assunção, Paraguai, em 2011. A pesquisa possibilita demonstrar se as políticas implementadas funcionam ou não, tanto pela perspectiva dos profissionais quanto dos atores sociais, onde o sujeito mais importante é a população.
Reprises:
20/8, quarta, às 22h30
22/8, sexta, às 22h30
24/8, domingo, às 21h30
25/8, segunda-feira, às 22h30 – Travessias

O Brasil é o segundo maior produtor de fumo do mundo, onde 96% da produção se concentra nos estados do Sul do país. A partir deste cenário, produtores familiares da região compartilham as dificuldades do cultivo do fumo, a falta de retorno financeiro, o impacto do agrotóxico na vida e no ambiente. O documentário retrata recomeços e mudanças em torno das famílias, por meio da agroecologia, que trouxe uma alternativa mais segura e saudável para a população.
Reprises:
27/8, quarta, às 22h30
29/8, sexta, às 22h30
31/8, domingo, às 21h30
26/8, terça-feira, às 22h30 - Programa VideoSaúde Especial - Minha voz não pode calar

A partir das trajetórias de pessoas comprometidas com o combate ao racismo, o documentário aborda as conexões transnacionais das reivindicações por justiça racial em quatro contextos: Brasil, Peru, Espanha e Portugal, explicitando os desafios e os caminhos experimentados pelos movimentos negro/afrodescendente e Romani, que têm forjado novos horizontes de luta. São discutidas novas concepções de existência, que vão muito além das soluções oferecidas pelos estados nas últimas décadas, e focadas na 'inclusão da diversidade', na 'integração' ou nas políticas de 'policiamento comunitário'. Tendo a autonomia como reivindicação e a resistência como prática diária, as trajetórias de luta destas pessoas nos convidam a refletir sobre novas formas de atuação política e, principalmente, sobre possibilidades de existência.
Reprise:
28/8, quinta-feira, às 23h