'Marmo - reencontro com o ofá cuja voz ecoa' ficará montada nos dias 24 e 25/11, durante o Seminário Nacional da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro), em Brasília. Realizado no Instituto de Ciências Sociais da UnB, seminário tem como tema 'Envelhecer: direitos humanos e saúde na perspectiva da matriz africana'.
Em maio, 'Marmo' já havia sido apresentada no V Encontro Nacional de Mulheres de Axé da Renafro, em Salvador, com o objetivo de combater violências e fortalecer a luta por direitos humanos. A intenção é seguir em itinerância em outros seminários pelo país.
A exposição é resultado de uma parceria entre a Biblioteca de Manguinhos/Icict e a Renafro, com apoio da Assessoria de Relações Institucionais do Gabinete da Presidência da Fiocruz.
Histórico
José Marmo da Silva era dentista, com amplas contribuições para combate ao racismo estrutural no Brasil e para saúde da população negra. Ao longo de sua carreira, desenvolveu e participou de projetos pioneiros sobre a temática, contribuindo para promoção da saúde.
Tendo em vista a relevância de suas ações no campo da saúde pública, em 2019, a Biblioteca de Manguinhos recebeu a coleção, com aproximadamente 400 itens documentais, provenientes dessa trajetória profissional de luta por direitos.
Como parte da Campanha 21 Dias de Ativismo contra o Racismo - lançada em 2020 para celebrar o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial (21/3) -, o Icict preparou a exposição 'Marmo: o ofá cuja voz ecoa', posteriormente relançada, após a flexibilização de medidas protetivas contra a Covid-19. Para Igor Falce, chefe da Biblioteca de Manguinhos e um dos curadores da exposição, a coleção reúne fontes de informação "de imensurável valor histórico, científico, social e religioso".
Reinaugurada no Icict, em 2023, com o título 'Marmo: reencontro com o ofá cuja voz ecoa', a exposição vem sendo colocada em itinerância em atividades pelo Brasil.
"Sua voz ecoa por meio de suas ações e projetos voltados para a promoção da saúde da população negra e de terreiros. O legado de Marmo nos marca como inspiração e motivação para combater o racismo e as desigualdades sociais, principalmente no âmbito da saúde”, reforçou o curador, Igor Falce.