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Inscrições para o 2º Seminário Mulheres Fazendo Ciência terminam dia 24/03

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Por
Graça Portela
Publicado em - Atualizado em

Estão abertas até o dia 24/03, terça-feira, as inscrições para o 2º Seminário Mulheres Fazendo Ciência, organizado pelo Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, que ocorrerá nos dias 26 e 27 de março de 2015, no auditório do Museu da Vida.

Durante o evento, que contará com a presença do presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, serão realizadas palestras como a “Trajetória de luta das mulheres brasileiras por seus direitos”, com a ex-Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire; “Questão étnico-racial no processo de formação profissional”, com Roseli Rocha, do IFF/Fiocruz; “Prevenção à violência contra mulheres: um trabalho com homens jovens e adultos nas comunidades do Rio”, com Vanessa Fonseca (Instituto Promundo); “Aborto e estigma – como o estigma opera na área médica”, com Leila Adess (IFF/Fiocruz), dentre outras.

A bibliotecária do Icict, a pesquisadora Jeorgina Gentil, que defendeu sua tese de doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS/Icict), em fevereiro de 2014, e que falará no 2º Seminário sobre “Gênero, Ciência & Tecnologia e Saúde: apontamentos da participação feminina na pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz”, na quinta-feira (26), às 15h, comentou, em entrevista ao site do Icict, a presença feminina na Ciência na Fiocruz:

Como surgiu o seu interesse em pesquisar a participação feminina na gestão da pesquisa e ensino na Fiocruz?

A opção por trabalhar com a temática “ciência e gênero” não resultou diretamente da minha experiência como bibliotecária, embora ela a tenha de certa forma influenciado. A ideia para o projeto da tese se delineou a partir de uma conversa com a Drª Maria Cristina Soares Guimarães, pesquisadora do Icict, que acabou sendo minha orientadora no PPGICS. Embora não totalmente familiarizada com o tema, aderi à proposta.

Em seus estudos, o que mais lhe chamou a atenção?

Apesar de alguns progressos verificados em relação à igualdade de participação de mulheres e homens no mercado de trabalho, a situação das mulheres no domínio das áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (CTEM) continua deficitária e ainda persistem em diversas sociedades, devido a uma “cultura científica” centrada em valores masculinos.

Em suas apresentações, você destaca que as mulheres têm uma produção científica menor que a dos homens. A que você atribui isso e o que pode ser feito para equilibrar a situação?

Os problemas de trabalhar e ter família são os mesmos para homens e mulheres, mas a tradição patriarcal considera que cuidar da casa e dos filhos é “trabalho de mulher”. O que falta é a maior participação dos homens (maridos ou parceiros) nas atribuições domésticas e criação dos filhos. As organizações devem garantir creches e maior flexibilidade de horário no local de trabalho.

Quais as perspectivas da participação feminina na gestão da pesquisa e ensino na Fiocruz?

As evidências apontam que as servidoras doutoras da Fiocruz têm participado cada vez mais das atividades de Ciência & Tecnologia nacionais. Nas instâncias propositivas internas da Fiocruz, já se vislumbra um número crescente de mulheres em postos–chave na Fundação. Mas os desafios continuam; ainda são poucas que ocupam os cargos de alta direção da Fiocruz.

 

Para se inscrever no 2º Seminário Mulheres fazendo Ciência, os interessados devem baixar o formulário ao lado, preenchê-lo, depois enviá-lo para o e-mail elizabethf@cpqrr.fiocruz.br

A programação de todo o evento pode ser acessada ao lado.