Ouvido pelo site The Intercept Brasil, o pesquisador Francisco Inácio Bastos, do Laboratório de Informação em Saúde (Lis/Icict), sobre o número de usuários de crack em favelas cariocas, foi enfático: "o dado de 40% me parece matematicamente impossível".
Na matéria, intitulada "Mais uma praga ataca o Rio: a mídia internacional 'paraquedista'", os repórteres Juliana Gonçalves e Andrew Fishman abordam os equívocos que jornalistas estrangeiros fazem por não conhecerem o país.
Um desses enganos é o do jornal americano USA Today que afirmou em matéria - a partir do depoimento de um entrevistado - que "40% das pessoas de favelas cariocas usam crack". O repórter sequer fez o que seria o primordial para qualquer jornalista: checar com fontes confiáveis a veracidade dos números apresentados.
Para o coordenador da maior pesquisa mundial sobre o tema - Pesquisa Nacional sobre o uso de crack, Francisco Inácio Bastos, "as pessoas não fazem por mal, mas é comum estimarem errado. Não são treinadas para isso”. Segundo dados da pesquisa, publicada pela Fiocruz, "a estatística mais fidedigna dá conta de que 0,56% da população da Região Sudeste do país" utiliza a droga.
A matéria "Mais uma praga ataca o Rio: a mídia internacional 'paraquedista'" pode ser lida na íntegra aqui