"Como, nos dias atuais, ainda vivenciamos e presenciamos diversas situações de preconceito e discriminação racial no Brasil e no mundo?" De acordo com um informe da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a situação da discriminação racial no Brasil, publicada em setembro de 2014, o racismo no Brasil é "estrutural e institucionalizado" e "permeia todas as áreas da vida" . No documento, os peritos concluíram que o "mito da democracia racial" ainda existe na sociedade brasileira e que parte substancial dela ainda "nega a existência do racismo". Para a organização, um dos maiores obstáculos para lidar com o problema é que "muitos acadêmicos nacionais e internacionais e atores ainda subscrevem ao mito da democracia racial". De acordo com a ONU, isso é "frequentemente usado por políticos conservadores para descreditar ações afirmativas". As constatações dos peritos da ONU, que visitaram o Brasil entre os dias 4 e 14 de dezembro de 2013, foram claras: os negros no País são os que mais são assassinados, são os que têm menor escolaridade, menores salários, maior taxa de desemprego, menor acesso à saúde, são os que morrem mais cedo e têm a menor participação no Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, são os que mais lotam as prisões e os que menos ocupam postos nos governos. (Destaque nosso para a temática da saúde).
Por
Izamara Bastos (Observatório Saúde na Mídia)
Publicado em
- Atualizado em